(Ale Cabral)
Está nos pés dos jogadores do Palmeiras a chance de não dar ao torcedor o pior desfecho possível para o centenário do clube. Na última partida da temporada histórica por tudo que o Verdão fez ao longo desses 100 anos, o frágil elenco montado em 2014 volta ao recém-inaugurado estádio Palestra Itália às 17h para enfrentar o Atlético-PR na tentativa de evitar o rebaixamento à Série B.
A equipe paulista chega à última rodada a apenas um ponto da zona da degola, disputando a última vaga na Primeira Divisão com os rivais Bahia e Vitória. Para escapar, basta vencer o adversário, que já não briga por mais nada na competição. Contra o Verdão, porém, pesa a sequência de cinco derrotas seguidas, uma delas diante do Sport em plena reabertura do estádio.
Se os comandados do técnico Dorival Júnior não fizerem sua parte, a salvação ainda é possível. Caso Vitória e Bahia não vençam os duelos contra Santos e Coritiba, respectivamente, o Palmeiras pode respirar aliviado mesmo em caso de derrota.
Como o Atlético-PR trava disputas judiciais com o Vitória, a possibilidade de “facilitar” a vida do Verdão com o objetivo de prejudicar o Leão baiano foi comentada ao longo da semana. O Palmeiras, por sua vez, tentou ignorar o boato e fechou os treinos. “Temos um respeito muito grande pelo adversário e, com certeza, teremos um jogo mais do que difícil, por todo emocional e essa circunstância. Será complicado, mas contamos muito com o apoio dos torcedores. Se não jogarem do nosso lado, teremos um desconforto muito grande ao longo dos 90 minutos”, declarou o treinador.
BAIXAS
Se falta qualidade ao elenco, existe a permanente dúvida em relação ao chileno Valdivia, que só atuou em um dos últimos quatro jogos e voltou a sentir dores na coxa esquerda. O mesmo ocorre com o zagueiro Tobio, fora da equipe há dois jogos. Dorival também tem como desfalques certos os meias Bruno César e Allione, suspensos, e o volante Marcelo Oliveira, que se lesionou no último treino.
Já o Furacão será uma incógnita em campo – pelo menos no discurso, o técnico Claudinei Oliveira garantiu a motivação. “Não é a maior gota que derrama o copo. É a última gota. Para alguém, a água vai transbordar na última rodada. Não é Atlético-PR e Palmeiras, Vitória e Santos ou Coritiba e Bahia que vão definir os rebaixados”, avaliou.
A situação mais complicada na rodada é a do Bahia. O técnico Charles faz mistério, já que terá uma série de desfalques para montar o time. Kieza, Railan, Emanuel e Maxi Biancucchi estão entregues ao departamento médico, enquanto Fahel cumpre suspensão automática e não viaja para Curitiba, assim como o meia Lincoln, que pertence ao time paranaense e fica de fora por conta de uma cláusula contratual.