Ele já foi chamado de "Professor Pardal" e, pelo rival Cruzeiro, conquistou títulos importantes. No América, o técnico Adilson Batista promoveu uma revolução na equipe, melhorando a linha defensiva e oferecendo mais movimentação no ataque, características que chanmaram a atenção no empate de 2 a 2 com o Flamengo, no Independência.

 

Um time com mais cabeça, parte do corpo, aliás, que foi a responsável pelos quatro gols da partida. Um deles de Rafael Moura, que fez o seu 11º gol diante do Flamengo, por seis clubes diferentes (Atlético Paranaense, Internacional, Fluminense, Figueirense e Atlético foram os outros). Com o resultado, o Coelho subiu para o nono lugar, com 26 pontos.

 

O América começou muito bem e surpreendendo o Flamengo, que tinha muita dificuldade para sair com a bola com a marcação adiantada dos jogadores do Coelho. Gerson Magrão, substituto do armador Ruy, machucado, desperdiçou duas boas oportunidades nos primeiros minutos de jogo.

 

A pressão inicial do América foi se arrefecendo, abrindo espaços pela diireta, e com um volume maior de jogo o Flamengo chegou ao primeiro gol. Num ótimo lançamento vindo da esquerda, Éverton Ribeiro subiu praticamente sozinho, ameaçado apenas por Carlinhos, para marcar de cabeça.

 

O América não sentiu o gol e imprimiu uma grande movimentação, com jogadores trocando constantemente de posição. O empate veio aos 22, num gol semelhante ao do Flamengo, com Rafael Moura aproveitando um passe de Wesley e, após ganhar de Leo Duarte, e escorando de cabeça.

 

O segundo tempo começou com uma repetição da etapa inicial. Na marca dos 15 minutos, o Flamengo pulou na frente novamente, em outro gol de cabeça, desta vez de Lucas Paquetá, num lançamento da direita de Éverton Ribeiro e aproveitando a falha de marcação do zagueiro Paulão.

 

Quatro minutos depois, ao interromper a corrida de Robinho no ataque, o argentino Cuellar foi expulso, levando o técnico Maurício Barbieri a tirar Henrique Dourado, que recebeu um cartão amarelo ao demorar a sair de campo, e Vitinho para fechar o time na defesa com as entradas de Piris da Motta e Willian Arão.

 

O América só conseguiu furar o bloqueio flamenguista aos 41 minutos, numa cobrança de falta de Marquinhos. O atacante mandou uma bomba, que bateu na trave direita de Diego Alves e deixou o gol aberto para Gerson Magrão escorar de cabeça e pôr tudo igual novamente no placar, fazendo justiça à boa atuação do Coelho.

 

Na próxima partida, o time mineiro enfrenta o Vitória, no Barradão, no sábado, às 16 horas. Foi contra um time baiano - o Bahia - que o América comandado por Adílson Batista sofreu a sua única derrota. A campanha do Coelho com o técnico tem, em sete jogos, tem três vitórias, três empates e uma derrota.