Um dos destaques do América na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, na última quarta-feira (2), no Mineirão, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro, o meia Alê está próximo da renovação de contrato com o Coelho.

Com vínculo com o Alviverde até maio, o jogador confirmou, em entrevista ao programa 98 Esportes, na manhã desta sexta, que a extensão do acordo está encaminhada.

“Sobre a renovação, estamos em uma conversa bem adiantada. Acredito que nos próximos dias a gente venha a anunciar essa renovação, porque é um desejo muito grande tanto do clube quanto meu”, disse o meio-campista.

Contratado em 2020, Alê soma 104 jogos e dez gols com a camisa do América, o último deles, justamente no clássico de quarta, quando marcou o segundo tento do time comandado pelo técnico Marquinhos Santos.

No CT Lanna Drumond, foi peça importante nas recentes campanhas de destaque do Coelho, como o acesso à Série A e a chegada à semifinal da Copa do Brasil em 2020, além da inédita classificação à Copa Libertadores, conquistada no Brasileirão do ano passado.

Interesses antigos

Na mesma entrevista, Alê confirmou que foi alvo do Atlético em 2020, quando ainda iniciava sua trajetória no América.

“Sobre propostas, me lembro que no meu primeiro ano de América, bem no início, teve uma especulação do Atlético, na época treinado pelo Sampaoli, que tinha o interesse de me levar para lá. Eu estava muito recente no clube, o Salum (Marcus, homem forte do futebol do América) me confirmou que houve essa sondagem do Atlético. Houve um contato do presidente do Atlético (Sérgio Sette Câmara) a ele (Salum) perguntando se eu era um jogador negociável, e o Salum deu aquele “migué” no presidente do Atlético e a conversa ficou só nisso”.

Ainda segundo o jogador, outro gigante do futebol brasileiro se interessou pelo seu futebol em um passado não tão distante.

“Quando o Cuca estava no Santos, ele ligou direto para mim, antes havia falado com a diretoria do América, me convidando para ir para o Santos, mas na época, o Santos tinha aquele problema do transfer ban. Era uma dívida do Soteldo, eles pagaram essa dívida, mas teriam apenas um dia para registrar jogador, já que no dia posterior entraria um novo transfer ban, de uma dívida pelo zagueiro Cléber. Então, eu cheguei no presidente, no Lisca, e disse que tinha 30, 31 anos de idade, que talvez fosse uma oportunidade que eu não tivesse novamente, devido a minha idade e de não ter um currículo com passagens por clubes e expressão. Na época, eu ainda nem tinha jogado uma Série A na minha carreira, e essas coisas fazem diferença para esses clubes contratarem”.

Por fim, Alê destacou o papel de Marcus Salum, então presidente do Alviverde e hoje coordenador de futebol clube-empresa, e ainda homem forte do futebol do Coelho, em sua permanência no CT Lanna Drumond.

“Disse ao Salum que era uma oportunidade que talvez eu não tivesse outra e que talvez eu devesse aproveitar. O Salum, como sempre, foi muito franco, direto. Disse: “Alê, você é meu titular aqui, é muito difícil eu abrir mão de você, mas eu te faço uma promessa, você vai subir com o América, você vai ser destaque aqui, como já vem sendo, e eu te garanto que lá na frente você terá outra oportunidade dessa. Seja no Santos, Corinthians, Flamengo, que seja. Se não aparecer, aqui no América a gente vai ter um sucesso muito grande juntos”. E é o que vem acontecendo. Eu tenho que ter essa gratidão, eu entendo o lado dele, até porque um dia eu também estarei do outro lado, não diretor, mas como técnico. Pelo América ter me ajudado muito, pretendo também ajudar muito o América na minha carreira”.