
A CBF revelou nesta semana que pode colocar em ação um projeto para punir os clubes por casos de racismo na torcida. A ideia da entidade é que os clubes sejam punidos com a perda de pontos. Capitão do América, o volante Juninho comentou a situação e parabenizou a entidade, no entanto, ele entende que a punição deve acontecer de outra forma.
“Uma situação delicada. Triste de vir aqui e ainda ter que falar isso. A gente está em 2022 e as pessoas ainda não enxergaram que não tem espaço mais para certos tipos de situações. A CBF está buscando um jeito de melhorar, mas eu acho que talvez não seja a melhor opção, porque um clube não tem controle total de todos os torcedores. A gente sabe que o futebol mexe muito com a emoção, e acabamos tendo o prazer de ofender outra pessoa. A gente tem que ter controle sobre nós. Acredito que muitas dessas pessoas até não são racistas, mas cometem o ato, e devem ser punidas”.
O volante espera que a CBF converse com os clubes e os jogadores para buscar um meio de punição mais justo, que não prejudique os times que, segundo ele, não tem controle das ações de todos os torcedores.
Segundo o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em 2020, mesmo com a pandemia, foram 31 casos de racismo registrados no futebol brasileiro ou contra brasileiros no futebol sul-americano. Já em 2021, o número saltou para 64 casos.
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