O presidente do América foi a figura principal na apresentação do lateral Marcinho, contratado pelo clube para suprir a falta de Arthur, negociado com o Bayer Leverkusen, que se apresentará no meio da temporada brasileira. O assunto em pauta era a contratação de um jogador que é réu na Justiça por atropelar o casal Alexandre Silva de Lima e Cristina José Soares, em 30 de dezembro de 2020, na Avenida Lúcio da Costa, no Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele fugiu do local sem prestar socorro às vítimas que faleceram.
“Se tem uma coisa que o América respeita é sua torcida. Tive a coragem de pedir desculpas no último sábado, chateado com aquele episódio (dos ingressos distribuídos pela FMF a atleticanos). O América tem uma visão muito clara sobre futebol. Estávamos olhando vários laterais, pois vendemos um de altíssimo nível, e não queríamos uma promessa. Tivemos contato com vários ex-treinadores do Marcinho, várias pessoas do futebol, fizemos pesquisa da parte técnica e de comportamento e percebemos que ele se encaixaria no que estávamos querendo”, disse Salum.
Salum falou em respeito pela opinião de todos, principalmente pelos torcedores americanos que protestaram pela contratação do atleta, mas entende que o garoto errou e está pagando pelo erro.
“Respeito a opinião de todo mundo, mas o América pensa diferente. O atleta cometeu um ato que está pagando por ele, ele vai explicar, recebeu seus processos, foi um erro. Quem não errou na vida? Onde está a grande virtude: julgar sem ser juiz ou em dar oportunidade aos profissionais de jogar aqui? Aqui é uma família, ele vai se sentir muito bem, sinto-me satisfeito de abrir a porta para ele dar mais um passo na carreira”, declarou o presidente americano.
Ainda de acordo com o presidente do Coelho, muitos jovens podem aprender com essa história do Marcinho. “O erro foi cometido, ele vai pagar na Justiça e vai continuar pagando. Uma carreira super promissora, com convocação à Seleção Brasileira, teve um baque. Espero que o América ajude ele a se recuperar e que ele tenha a visão do que fez e de como pode ajudar os jovens. O Marcinho pode ser um exemplo para os jovens não cometerem o mesmo erro que ele cometeu. Ele vai voltar a jogar, vai estourar, é assim que se faz na vida. Não sou juiz, não podemos julgar. Era melhor que não tivesse feito, mas fez”, concluiu Salum.
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