Andreas Mickosz e Henrique Martins nadam abaixo do índice olímpico no Finkel

Estadão Conteúdo
18/08/2015 às 20:33.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:24

Para os brasileiros que foram aos Jogos Pan-Americanos e/ou para o Mundial de Esportes Aquáticos, o período de maior rendimento neste meio de ano já passou. Mas quem não esteve nem em Toronto nem em Kazan pode aproveitar o Troféu José Finkel para mostrar serviço. Nesta terça-feira (18), no segundo dia de finais no Pinheiros, Andreas Mickosz e Henrique Martins deram show e nadaram abaixo do índice olímpico nos 200 metros peito e nos 100 metros borboleta, respectivamente.

O Finkel não vale como tomada de índice para a Olimpíada, mas serve como referencial para os atletas que buscam a classificação pelos dois próximos campeonatos nacionais de natação: o Open, em dezembro, em Palhoça (SC), e o Maria Lenk, em abril do ano que vem, no Rio. E os bons resultados desta terça vieram em duas das provas masculinas nas quais o Brasil tem tido piores resultados.

Andreas tem apenas 19 anos e venceu um campeonato brasileiro pela primeira vez, com o tempo de 2min11s65. A marca o deixaria em 18.º no Mundial e com o bronze no Pan de Toronto, à frente de Thiago Pereira. O atleta do Corinthians, entretanto, não fez índice para essas duas competições.

No Finkel, ele deixou para trás Thiago Simon, também do Corinthians, que levou a prata com 2min13s10, distante da marca de 2min09s82 que lhe deu o ouro em Toronto. Henrique Marques (Unisanta) ficou com o bronze em São Paulo.

Nos 100m borboleta, Henrique Martins, do Minas Tênis Clube, venceu com o tempo de 52s32 e mostrou que tem condições de estar na Olimpíada - o índice é 52s36. O velocista ganhou os 100m livre e ficou com a prata nos 50m livre na Universíada, mas dificilmente deve ficar entre os dois melhores do País para ir ao Rio-2016. Nos 100m borboleta, pode carimbar seu passaporte, inclusive para nadar o revezamento medley.

Afinal, nenhum brasileiro tem se destacado nessa prova. Arthur Mendes Filho foi sétimo no Pan e 24.º colocado no Mundial - Henrique, com o tempo do Finkel, seria bronze em Toronto e primeiro reserva da semifinal de Kazan. Em São Paulo, os corintianos Lucas Salatta e Arthur Mendes ganharam prata (52s72) e bronze (52s89). Marcos Antônio Macedo e Nicholas Santos também nadaram na casa de 52 segundos.

Na disputa que fechou o dia, os 1.500m para homens, o atual recordista brasileiro, Brandonn Pierry, não nadou porque viaja ainda nesta terça-feira para Cingapura, onde acontece o Mundial Júnior. Sem ele, a prova foi vencida por Miguel Valente (15min32s45), seguido de Lucas Kanieski, seu companheiro no Minas, e Luiz Rogério Arapiraca, da Unisanta.

MULHERES - As provas femininas desta terça foram mais fracas para a natação brasileira. Daynara de Paula, do Sesi, confirmou o favoritismo para vencer os 100m borboleta com 58s93, longe das suas melhores marcas no ano. Bruna Lemos (Corinthians) e Daiene Dias (Minas) completaram o pódio.

Nos 200m peito, o ouro foi para a australiana Taylor McKeoww, contratada pelo Minas para o Finkel, que voltou a bater o recorde do campeonato: 2min24s09. A melhor brasileira foi Andressa Simião: 2min33s16, em terceiro. O Brasil não tem tradição nesta prova.
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