Anistia pede que Brasil respeite direito à manifestação na Copa

AFP
05/06/2014 às 16:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:53

A Anistia Internacional pediu nesta quinta-feira (5) que o governo brasileiro respeite o direito à manifestação durante a Copa do Mundo, que começa em um semana. A solicitação, apoiada por cerca de 90.000 assinaturas, foi entregue à presidência brasileira e ao Congresso Nacional, em Brasília, segundo um porta-voz da organização.

"O mundo está de olho no Brasil durante a Copa do Mundo, e não só dentro de campo. O país tem a oportunidade de demonstrar que respeita os direitos à liberdade de expressão e à manifestação pacífica", declarou Atila Roque, diretor da Anistia no país.

As principais preocupações da ONG são que ocorra o uso excessivo da força pela polícia e detenções arbitrárias. A intenção é impedir a "criminalização dos protestos", diz o texto. A Anistia denunciou "evidências de abusos cometido pelas forças de seguranças" durante as passeatas realizadas em junho de 2013. Quase simultaneamente com a Copa das Confederações, os brasileiros protestaram contra os gastos milionários nos megaeventos, pedindo mais investimentos em saúde, educação e transporte.

A organização declarou que centenas de manifestantes ficaram feridos, destacando o caso de um fotógrafo que perdeu a visão devido a um tiro de bala de borracha. A poucos dias do início do Mundial, a presidente Dilma Rousseff assegurou na terça-feira que o direito ao protesto está garantido durante a competição, sempre que sejam pacíficos e que não ocupem vias públicas necessárias para a realização do evento.

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