
Quando foram para o futebol chinês, Gil e Renato Augusto colocaram em dúvida suas presenças na seleção. O risco era de que, num centro menos avançado, com ritmo bastante diferente do existente nos países mais competitivos, não mantivessem rendimento físico e técnico suficientes para continuar no grupo de Dunga. Não só conseguiram como hoje são titulares.
Os dois ex-corintianos evitaram ter o mesmo destino de Diego Tardelli - no ano passado chegou à Copa América do Chile fora de forma e mal tecnicamente, acabou barrado e não foi mais convocado - graças a carga extra de treinamentos. Renato Augusto levou até um preparador particular para a China.
Para Gil, do Shandong Luneng, o futebol chinês "não é tão fraco como falam’’. Ele era reserva da seleção, mas, com a suspensão de David Luiz no jogo com o Uruguai pelas Eliminatórias, em março, entrou no time contra o Paraguai e não saiu mais.
Renato Augusto tem de se esforçar ainda mais. Dunga exige dele trabalho incessante no meio de campo, ajudando o volante e também indo à frente para concluir - como no 2 a 2 com o Uruguai, em que fez um gol.
O meia do Beijing Gouan diz que a ida para a China contribuiu ainda mais para a boa forma. "Lá você tem responsabilidade maior, ser o cara do time. No Corinthians a gente dividia. Estou procurando aprender esse lado de ter essa responsabilidade ainda maior.’’