Após 'ataque' de novo presidente do Conselho, Kroll emite nota e explica investigação no Cruzeiro

Alexandre Simões
@oalexsimoes
22/05/2020 às 17:54.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:34
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Maurício Vieira/Hoje em Dia 

Minutos após ser eleito presidente do Conselho Deliberativo, Paulo César Pedrosa, que presidia o Conselho Fiscal do Cruzeiro, mas se licenciou do cargo para participar da eleição, elegeu seu primeiro alvo no novo cargo: a auditoria e investigação feitas pela Kroll, empresa multinacional e referência em investigação, due diligence, compliance, segurança cibernética e gestão de riscos de segurança.

“A tal da Kroll pegou os documentos, mandou para a imprensa, não encaminhou para o Conselho Fiscal. Nunca vi isso na minha vida. Então, a partir de semana que vem nós vamos olhar quanto que o Cruzeiro pagou à Kroll? Eu nunca vi fazer uma auditoria em 30 dias. Não foram 60. Conta os dias úteis de quando eles começaram. Então isso que nós temos que olhar”, garantiu Pedrosa.

Questionada pela reportagem do Hoje em Dia, a empresa, por sua assessoria de imprensa, respondeu por nota a declaração de Pedrosa.

“A Kroll foi contratada pelo Conselho Gestor para fazer uma investigação independente no Cruzeiro, seguindo o escopo pré-determinado. O trabalho teve início no dia 3 de março e o relatório final foi entregue exclusivamente ao clube no dia 15 de maio. A Kroll ressalta que não presta serviços de auditoria externa e não participou da análise e aprovação do balanço financeiro de 2019. A Kroll está à disposição para fazer qualquer esclarecimento à nova gestão do Cruzeiro”, diz a nota da empresa.

Pedrosa enfrenta forte resistência da torcida cruzeirense e agora dos três adversários derrotados por ele na eleição da última quinta-feira (21), que se uniram e formaram um grupo que conta com mais de 2/3 do Conselho Deliberativo.

A principal obrigação do presidente do Conselho Deliberativo é fiscalizar a administração do clube e a conduta dos conselheiros, sendo que na gestão Wagner Pires de Sá vários foram remunerados pelo clube, o que é proibido pelo Estatuto.

Isso provocou a exclusão de 30 desses conselheiros, mas por decisão da justiça, 29 deles tiveram o direto de votar na última quinta-feira. E é quase certo que eles fizeram a diferença para a eleição de Pedrosa com 10 votos a mais que Giovanni Baroni.

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