Após briga, promotor voltará a pedir extinção da torcida Gaviões da Fiel

Agencia Estado
27/08/2013 às 18:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:22

A briga entre torcedores do Corinthians e do Vasco, entre eles e contra a Polícia Militar, voltou a colocar a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, na mira da Justiça. Nesta terça-feira (27), dois dias após o episódio ocorrido no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o promotor de Justiça do Consumidor Roberto Senise Lisboa afirmou que vai pedir novamente a extinção da organizada.

"Vamos entrar com inquérito civil para analisar a conduta das organizadas. Já existe uma ação que está em trâmite pedindo a dissolução da torcida e vamos entrar com uma outra ação civil por causa dos novos fatos pedindo a extinção", explicou Lisboa, em entrevista coletiva convocada nesta terça-feira.

O promotor, que também cobrará uma multa de R$ 30 mil à Gaviões, como prevê o Estatuto do Torcedor, lembrou que, em 2011, cerca de 50 organizadas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) juntamente com o Ministério Público de São Paulo e o Ministério do Esporte. E que essa é a terceira vez, desde então, que a torcida corintiana se envolve em grandes confusões desde que foi signatária do TAC.

Lisboa lembra que seu papel é cuidar para que as organizadas, como entidades, sejam banidas. "O Estatuto do Torcedor fala da responsabilidade da torcida. Mas não fala da pessoa física. Todos nós queremos a organizada no estádio, mas não queremos pessoas que perdem controle em algumas situações e provoquem insegurança dos outros", explicou ele.

Na prática, porém, a extinção da torcida significa o fim daquela pessoa jurídica, apenas. "A Mancha Verde foi extinta e virou Mancha Alviverde. Pode até haver uma mudança de roupagem. A lei não proíbe isso. Mesmo com a extinção, as leis dificultam o fim do grupo", reforçou.

O promotor também comentou o fato de que, entre os torcedores envolvidos na briga do intervalo do jogo entre Vasco e Corinthians, estavam um vereador de Francisco Morato (SP) e um dos 12 corintianos que ficaram presos em Oruro. "Do ponto de vista criminal, eles serão investigados em Brasília."

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