Após finais, Alisson, Ricardo Oliveira e Jorginho explicitam emoções pessoais

Estadão Conteúdo
10/05/2016 às 08:18.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:21
 (Ricardo Duarte/ S. C. Internacional)

(Ricardo Duarte/ S. C. Internacional)

A rodada de definição dos torneios estaduais foi marcada não apenas pela alegria coletiva das torcidas, mas também pela emoção individual e particular - às vezes solitária - de jogadores e treinadores. No Rio Grande do Sul, Alisson, goleiro e capitão do Internacional, levantou a taça do hexa gaúcho e deu a volta olímpica após a vitória por 3 a 0 sobre o Juventude. Mas, depois que os cerca de 42 mil torcedores deixaram o estádio Beira-Rio, o goleiro se sentiu em paz para curtir o seu momento e ficar sozinho.

Descalço e sem as luvas, ele aproveitou que os colegas celebravam o título gaúcho no vestiário para se despedir do gramado onde construiu a sua carreira. Ele olhava para as arquibancadas, para o céu e para a grama. Os longos minutos de solidão só tiveram fim quando seu irmão e reserva, Muriel, se aproximou. Em seguida, os filhos de Muriel, seus sobrinhos, também se juntaram a eles. "Está chegando o momento, mas estou muito feliz. É bom aproveitar cada segundo. É um misto de sentimentos, mas é alegria. Não tem tristeza. O choro é de alegria de saber que eu vou sentir saudades porque... não dá para falar", disse, até ser interrompido pelas lágrimas.

Alisson está arrumando as malas para a Itália, onde irá defender a Roma. Ele foi vendido por 7,5 milhões de euros (R$ 32,5 milhões). Ainda é incerta a sua participação no Campeonato Brasileiro, já que deve se apresentar à seleção brasileira para a Copa América Centenário.

No Rio de Janeiro, o técnico Jorginho chegou ao seu primeiro título como treinador com o empate entre Vasco e Botafogo por 1 a 1, no estádio do Maracanã. "É um momento de tamanha emoção. Isso aqui é uma Copa do Mundo para mim. É meu primeiro título como treinador. Da forma que foi vai ficar marcado para o resto da minha vida. De forma invicta", disse. "Quero agradecer ao meu presidente (Eurico Miranda), que confiou em mim e me manteve mesmo depois de eu perder quatro partidas".

Aos 36 anos, Ricardo Oliveira transformou a celebração do título paulista com o Santos em um momento de afirmação pessoal diante das limitações físicas causadas por uma lesão no joelho direito. Ele não treinou durante a semana. "Até quando meu corpo der resposta positiva, eu vou. O comando, que é minha cabeça, almeja muitas coisas aqui. Só espero que o corpo me ajude", disse. Experiente, afirma que levantar a taça foi um momento especial. "É sempre algo raro e diferente".

No meio do torneio, o atacante quase se transferiu para a China. "Naquele momento eu gostaria, o Santos não quis, voltei para cá e ninguém pode falar que não honrei a camisa do Santos", declarou o artilheiro, que evitou falar sobre o futuro. "Não vou ser hipócrita e dizer que a proposta não voltará, mas não é com isso que tenho que me preocupar agora", despistou.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por