Após ouro na Alemanha, Maria Suelen vira melhor do Brasil no peso pesado do judô

Estadão Conteúdo
22/02/2016 às 18:36.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:32
 (CBJ Divulgação)

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Nos últimos três anos, Maria Suelen Altheman disputou duas finais de Mundiais, se firmou como um dos grandes nomes do judô brasileiro, mas não foi responsável por nenhuma execução do hino nacional. O jejum acabou no domingo, quando ela ganhou a medalha a medalha de ouro do Grand Prix de Dusseldorf, na Alemanha, vencendo a atual campeã mundial, a chinesa Song Yu.

Os 300 pontos conquistados na Alemanha fizeram ela subir seis posições para agora aparecer como melhor brasileira no ranking mundial na categoria peso pesado. Em 15.º, deixou para trás Rochele Nunes, que está dois lugares abaixo. Também no ranking olímpico, que já considera o peso que terão os pontos ao fim da corrida olímpica, Suelen virou a melhor brasileira: tem 776 pontos, contra 514 de Rochele.

Para Maria Suelen, que treinada pelo marido, o ex-judoca Carlos Honorato, o ótimo resultado em Dusseldorf foi também a retomada da antiga forma. Após a prata no Mundial de 2014, ela ficou quase um ano sem competir, recuperando-se de uma lesão no joelho. Voltou com bronze no Pan, foi mal no Mundial, e só em dezembro retornou ao Circuito Mundial.

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tem direito a um atleta por categoria no Rio-2016 e o ranking olímpico é o principal critério de convocação. Mas a comissão técnica também vai ponderar outros fatores, como resultados recentes.

OUTROS BRASILEIROS - Também recuperando-se de lesão, Rafael Silva vive situação oposta e, por enquanto, está muito longe da Olimpíada. O Baby, que desde 2011 praticamente não ficava fora do pódio, machucou-se antes do Mundial do ano passado e ainda não recuperou a forma física. Em quatro torneios neste ano, venceu apenas três lutas, perdendo cinco vezes.

Com 701 pontos no ranking olímpico, segue longe de David Moura, que tem 1.091. Mesmo que vença os três Abertos Pan-Americanos que vão ser realizados em Lima, Buenos Aires e Santiago em março, não alcança o rival. Os três torneios, juntos, valem a mesma pontuação que o Grand Prix de Dusseldorf, no qual Rafael parou na segunda rodada.

Quem também corre sério risco de ficar fora da Olimpíada é Tiago Camilo, que perdeu na segunda luta da categoria até 90kg em Dusseldorf. Ele até passou Eduardo Bettoni no ranking olímpico, mas por apenas seis pontos. Pouco para quem teve muito mais oportunidades de pontuar - Bettoni nunca disputou um Mundial, por exemplo.

Na categoria até 100kg, Rafael Buzacarini foi mal na Alemanha e segue atrás de Luciano Corrêa, numa diferença de 76 pontos. Na até 60kg, Eric Takabatake tem 261 pontos sobre Felipe Kitadai, enquanto Marcelo Contini está 47 pontos à frente de Alex Pombo na até 73kg. Charles Chibana (66kg) e Victor Penalber (81kg) estão praticamente garantidos no Rio-2016.

Entre as mulheres, Nathalia Brígida perdeu na estreia em Dusseldorf e segue 598 pontos atrás de Sarah Menezes na categoria até 48kg. Erika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg) e Mayra Aguiar (78kg) não têm rivais. Em péssima fase, Mariana Silva e Ketleyn Quadros, da até 63kg, são separadas por 47 pontos. Mas desde fevereiro de 2014 nenhuma delas vai ao pódio num evento fora da América.
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