Após quatro anos América retorna para Série A e leva ao delírio o torcedor no Independência

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
21/11/2015 às 19:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:01
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

A poucos segundos do fim da partida, todo o Independência já estava de pé. Os jogadores do banco mal se continham e se preparavam para invadir o campo. A expulsão de Richarlison deu contornos dramáticos para os últimos instantes. Mas quando o árbitro mato-grossense Wagner Reway subiu as mãos, o grito finalmente saiu da garganta: o Coelho voltou!

Considerado um time limitado no início da série B, o América lutou, lutou e provou o seu valor: após bater na trave em 2014, com seis pontos tirados no tapetão, retorna à elite do futebol brasileiro, pondo fim a uma espera de quatro anos. O acesso, com uma rodada de antecipação, não veio num empate dramático te de 1 a 1 contra o Ceará.

 

Lutando para sair da zona de rebaixamento, o Vovô mostrou ser um adversário valente, sem medo de atacar. Foi para cima do Coelho no primeiro tempo, com contragolpes precisos e, aos 11 minutos, deixou a torcida americana aflita ao abrir o placar num chute de Siloé. Esperança de gols dos mineiros, Richarlison era caçado implacavelmente.

Aos poucos, o América foi controlando a ansiedade e as laterais do América foram se soltando. As boas jogadas começaram a aparecer, principalmente com uma rápida troca de passes na linha de frente. Após muitas chances desperdiçadas, o América chegou ao empate, aos 43, numa bola lançada da direita por Pablo, que encontrou o zagueiro Wesley Matos livre para cabecear à gol.

 

 

O América parecia repetir o sufoco de 2010, quando subiu à série A também num empate de muito sufoco (0 a 0), diante da Ponte Preta, na última rodada, em Campinas. A diferença dessa vez é que o jogo aconteceu no Independência, com o apoio irrestrito de uma torcida apaixonada. Outro “pé de coelho” estava no banco: o técnico Givanildo Oliveira, grande responsável pelo título da série B em 1997.

O segundo tempo foi tenso, com oportunidades de lado a lado. Tony desperdiçou uma grande chance de levar alívio para time e torcida, chutando da entrada da pequena área e obrigando o goleiro a fazer uma bela defesa. Quando o Ceará voltou a pressionar, Richarlison foi expulso após fazer falta em Charles, com quem já estava estranhando desde a primeira etapa.

Com apenas nove jogadores (já tinha perdido o zagueiro Alison, expulso juntamente com Siloé, aos 19 minutos), foram longos três minutos até a torcida ouvir o apito final. Para o time, o último jogo, contra um Botafogo já campeão, no Rio de Janeiro, sábado que vem, servirá para definir a posição na tabela. Pode chegar ao segundo lugar, precisando torcer por tropeço de Vitória e Santa Cruz.

Enquanto o técnico do time concedia entrevista coletiva à imprensa, os jogadores invadiram a sala gritando em coro "Ah! O Coelhão voltou!". Assista:

 

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