Apesar do 'Manobol' de Levir, Atlético passa pelo Defensor e vai à fase de grupos da Libertadores

Alexandre Simões
27/02/2019 às 23:30.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:45
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

A crise de identidade de Levir Culpi acabou por dar ao que parecia tranquilo uma certa dose de apreensão. Representante maior do estilo Galo Doido, ele preferiu apostar no Manobol na partida de volta da terceira fase da Copa Libertadores, contra o Defensor Sporting, do Uruguai, nesta quarta-feira (27), no Independência. E por mais que seu time não tenha corrido grandes riscos durante os 90 minutos, a classificação à fase de grupos não saiu da forma como a torcida esperava.

O empate por 0 a 0 foi mais que suficiente para garantir a presença atleticana no Grupo E, que conta com Cerro Porteño, do Paraguai, Nacional, do Uruguai, e Zamora, da Venezuela, pois no confronto de ida, semana passada, no Estádio Luis Franzini, em Montevidéu, o Atlético tinha vencido por 2 a 0.

Mas a estratégia de jogo de Levir Culpi, montada com certeza com base nessa grande vantagem, acabou por ser desastrosa. Ele sacou o meia-atacante Chará, que realmente não conseguiu ainda mostrar um grande futebol na temporada, e colocou em seu lugar o volante Zé Welison, formando um tripé com Adilson e Elias.

E o time não conseguiu absorver a mudança tática. É verdade que uma grande jogada de Cazares, que terminou com uma bola na trave, logo aos quatro minutos, poderia ter mudado a história de um jogo, que teve o Atlético com a posse da bola, mas com a clara impressão de que o time não sabia o que fazer com ela.

EXPULSÃO

Na etapa final, a expulsão de Zé Welison, a novidade do time de Levir Culpi, logo aos dez minutos, acabou por dar um certo equilíbrio a um jogo entre dois times de qualidade técnica muito diferente.

E o jogador a menos em campo do Atlético serviu para escancarar isso, pois mesmo precisando de dois gols de diferença para chegar à classificação, o Defensor tropeçou na sua fragilidade o tempo todo e pouco incomodou o gol de Victor, que não fez mais que duas boas defesas.

O mais importante, que era a vaga, foi assegurada. Mas fica a certeza de que a partir da próxima quarta-feira (6), quando o Atlético recebe o Cerro Porteño, do Paraguai, na sua estreia no Grupo E, o desempenho atleticano precisa bem superior ao mostrado diante do Defensor Sporting.

A FICHA DO JOGO

ATLÉTICO 0
Victor; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson, Zé Welison e Elias; Luan, Cazares e Ricardo Oliveira (Chará).
Técnico: Levir Culpi
DEFENSOR SPORTING 0
Gastón Rodriguez; Beltran, Nicolás Correa, Perg e Villoldo; Nápoli (Laquintana), Rabuñal, Ergas (Navarro) e Álvaro González; Pablo López (Piquerez) e Nicolás González.
Técnico: Jorge da Silva
DATA: 27 de fevereiro de 2019
LOCAL: Independência
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: Jogo de volta da terceira fase da Copa Libertadores
ARBITRAGEM: Andrés Rojas, auxiliado por Wilmar Navarro e Miguel Stiven Roldan, todos da Colômbia
CARTÃO VERMELHO: Zé Welison (Atlético)
CARTÕES AMARELOS: Adilson e Jair (Atlético); Nicolás Correa, Villoldo (Defensor Sporting)
PÚBLICO: 22.210
RENDA: R$ 884.207,00

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