
Dirigentes do futebol espanhol exigiram a renúncia do presidente da federação, Luis Rubiales, por agarrar e beijar Jenni Hermoso, atleta da Espanha que foi campeã do mundo com a sua seleção. Enquanto a renúncia era desmentida por Rubiales, o governo interino do país prometeu nesta terça-feira (29) garantir que as mulheres desempenhem um papel maior na gestão esportiva.
O ministro do Esporte em exercício, Miquel Iceta, saudou o plano da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e acrescentou que o ideal seria a presença de pelo menos 40% de mulheres na liderança de todas as organizações desportivas.
“Acabou, chega de discriminação para as mulheres”, disse Iceta em coletiva de imprensa. "Estamos testemunhando uma verdadeira reação social e esportiva."
Os representantes regionais da federação de futebol defenderam uma reestruturação da liderança "para permitir uma nova fase de gestão no futebol espanhol" com mais igualdade de gênero.
“Após os acontecimentos recentes e o comportamento inaceitável que prejudicou seriamente a imagem do futebol espanhol, os presidentes (regionais) exigem que Luis Rubiales renuncie imediatamente”, disseram em comunicado.
O beijo, consensual ou não, dividiu o país entre os apoiadores de Rubiales, de 46 anos, e aqueles que dizem que o incidente deve sinalizar o fim do comportamento machista e do abuso sexual casual no país.
Promotores abriram uma investigação para investigar ato de agressão sexual, que aconteceu durante a cerimõnia de premiação na Austrália, no dia 20 de agosto.
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