(Juliana Flister)
O cenário do futebol mineiro neste Brasileirão se inverteu após o fim da sétima rodada. Se no início da competição especialistas apontavam o Atlético como um dos favoritos ao título, e o Cruzeiro com elenco para brigar do meio para baixo da tabela, a essas previsões parecem ter perdido o fundamento.
Com 11 pontos – três vitórias, dois empates e duas derrotas –, o Galo ocupa a sexta colocação e vê o rival se aproximando. Após a vitória de sábado (13), contra o Vasco, por 3 a 1, no Rio, a Raposa parece ter embalado. O time chegou à terceira vitória consecutiva e, com um ponto a menos – três vitórias, dois um empate e três derrotas –, tem um compromisso teoricamente mais fácil na próxima rodada.
Enquanto os celestes encaram a Chapecoense, no Mineirão, os alvinegros vão ao Maracanã enfrentar um desesperado Flamengo, que ronda a zona de rebaixamento, em 16º lugar.
Desde que Vanderlei Luxemburgo assumiu o Cruzeiro, na quinta rodada, os estrelados só sabem o que é vencer. Na sexta rodada, inclusive, a Raposa bateu o rival, no Horto, por 3 a 1.
Após a vitória em São Januário, Luxemburgo destacou a evolução do time. “Foi importante para subir na tabela e ganhar respeito dos adversários”, diz. “As pessoas vão enxergar o Cruzeiro como o bicampeão que está chegando, encostando no bloco da frente.”
Característica ofensiva
No Atlético, a oscilação a cada rodada é o que mais chama a atenção. Com o melhor ataque do Brasileirão, com 16 gols marcados, o Galo tem uma das piores defesas, com dez sofridos. Segundo o técnico Levir Culpi, isso é fruto da característica ofensiva do time. “Jogamos abertos, buscando o gol a todo momento e oferecemos condições também para o adversário”, justifica. “Prefiro ver meu time jogando futebol e procurando a vitória.”