( ALE VIANNA/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)
Os R$ 60 mil pagos pelo Cruzeiro para trazer Giorgian Arrascaeta do Japão para São Paulo virou, indiretamente, um depósito de R$ 50 milhões da CBF na conta do Cruzeiro. O camisa 10 foi quem carimbou o hexacampeonato da Copa do Brasil, se tornando protagonista da final ao lado dos outros principais armadores do elenco, Thiago Neves e Robinho.
O trio, entre assistências e gols, soma oito participações diretas em bolas nas redes das 10 vezes em que a Raposa superou os adversários na campanha do hexa. Só na final, cada um guardou o seu. Thiago Neves fez o gol da vitória no Mineirão diante do Corinthians. No Itaquerão, Robinho abriu o placar e Arrascaeta deu a vitória fora de casa, para manter 100% como visitante.
O camisa 30, além do gol na decisão, havia feito uma assistência para o próprio Arrascaeta na derrota para o Santos em casa. Neste duelo, na partida da Vila Belmiro, foi Robinho que achou Raniel entre os zagueiros e o centroavante fez o único tento do jogo.
Robinho voltaria a ser garçom contra o Palmeiras, no Mineirão, no gol de Barcos, somando duas assistências e um gol. Arrascaeta também teve três participações a gol, sendo o artilheiro do trio, com três gols (Atlético-PR no Mineirão, Santos no Mineirão e Corinthians em Itaquera). "Agradeço a torcida que sempre confiou no grupo e hoje, sem dúvidas, o hexa é pra eles", afirmou o uruguaio bicampeão da Copa do Brasil, que viajou 25 horas do Japão ao Itaquerão, pois estava na Seleção Uruguaia.
RESERVA DE LUXO
Se o trio participou de 80% dos gols da campanha do hexa, o atacante Raniel poderia entrar na brincadeira e contribuir com dois gols e uma assistência. Foi dele que saiu o passe da bola na rede que Arrascaeta guardou em solo corintiano, tirando qualquer chance de o time paulista virar a partida.