Artilharia do Mineiro de 2019 vale uma marca especial para Ricardo Oliveira ou Fred

Alexandre Simões e Frederico Ribeiro
06/02/2019 às 18:41.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:25
 (Montagem sobre fotos de Vinnicius Silva e Bruno Cantini)

(Montagem sobre fotos de Vinnicius Silva e Bruno Cantini)

O futebol mineiro começou a temporada passada com Ricardo Oliveira chegando ao Atlético para substituir Fred, que tinha deixado a Cidade do Galo e se transferido para o rival Cruzeiro, mas sem os dois conseguindo justificar a expectativa que se tinha deles, sendo que o camisa 9 da Raposa ainda se lesionou logo no início do ano e ficou quase todo o 2018 em recuperação.

Em 2019, a história de ambos é bem diferente. Com 38 anos, faz 39 em maio, Ricardo Oliveira, autor dos dois gols alvinegros no empate com o Danubio, do Uruguai, na última terça-feira (5), em Montevidéu, pela segunda fase da Copa Libertadores, já soma sete na temporada em apenas quatro jogos.

As outras cinco bolas na rede dele foram no Campeonato Mineiro, onde é artilheiro com cinco gols em três jogos.

Fred, de 35 anos, que ano passado, apesar de toda a empolgação cruzeirense, marcou apenas uma vez em oito jogos, antes de sofrer uma grave lesão no joelho direito, que o tirou do gramado por sete meses, este ano já tem três gols em quatro partidas, todas pelo Estadual.

Marca

Com desempenhos tão bons, os dois têm uma batalha particular no Campeonato Mineiro de 2019, pois terminar a competição como artilheiro garantirá ao autor da façanha um recorde no século.

Desde 2001, o Módulo I do Estadual nunca teve um jogador como artilheiro por dois anos seguidos. A última vez que isso aconteceu foi em 1999 e 2000, com Ditinho, da URT, sendo o autor da façanha.

Agora, Ricardo Oliveira, goleador do ano passado com seis gols, ao lado de Aylon, do América, tem a chance de quebrar essa escrita.

Para Fred, a artilharia do Campeonato Mineiro de 2019 significa uma trinca inédita neste século, pois desde 2001 nenhum jogador conseguiu ser goleador do Estadual por três vezes.

Guilherme, ex-Atlético, liderou a lista em 2001 e 2003, sendo que em 2002 os times da capital não participaram do Campeonato Mineiro, que foi disputado paralelamente à extinta Copa Sul-Minas.

Fred, com um intervalo de 12 anos entre os dois feitos, foi goleador do Estadual em 2005, pelo Cruzeiro, e 2017, pelo Atlético. Agora tem a chance de ser pela terceira vez, o que nunca aconteceu neste século.

Na Era Mineirão, iniciada em 1965, os únicos jogadores que foram goleadores do Mineiro por pelo menos três vezes foram Tostão (1966, 1967 e 1968) e Dario (1969, 1970, 1972 e 1974).

Concorrentes

Nessa batalha pela artilharia do Estadual, Ricardo Oliveira e Fred contam com outros concorrentes após cinco rodadas disputadas.

Além de Fred, outros quatro jogadores também têm três gols, dois a menos que o atacante atleticano que lidera a lista. São eles Raniel (Cruzeiro), Ademílson (Tupynambás), Gustavo (Boa Esporte) e Marcus Vinícius (Tupi).

Gol 50

O gol que abriu a vitória por 3 a 0 do Cruzeiro sobre o Villa Nova, no último domingo (3), no Castor Cifuentes, foi o 49º de Fred no Campeonato Mineiro. Além disso, ele chegou a 100 bolas nas redes em estaduais, aí considerando-se também a passagem pelo Fluminense, segundo levantamento do Globoesporte.com.

Desses 49 gols marcados por Fred no Módulo I, 29 foram em Belo Horizonte, sendo 17 no Independência, no mesmo número de jogos, e outros 12 no Mineirão, mas em 23 partidas, o que faz a sua média no Horto ser quase o dobro numa comparação com a Pampulha.

Suas maiores vítimas são o América, onde foi revelado, e o Ipatinga, que na época dos seus gols era presidido por Itair Machado, vice-presidente do Cruzeiro e responsável pela sua volta à Toca da Raposa no ano passado.

Arrasador

Em 2015, já com 34 anos e desacreditado, Ricardo Oliveira voltou ao futebol brasileiro para defender o Santos com um contrato de risco, que tinha validade apenas pelo período do Estadual. Foi artilheiro do Campeonato Paulista e renovou até o final de 2017, quando deixou a Vila Belmiro para defender o Atlético.

Depois de quatro temporadas completas, ele inicia 2019 com uma marca que não alcançou nesses últimos quatro anos, quando chegou a precisar de 29 partidas para marcar os mesmos sete gols que tem agora após apenas quatro jogos pelo Galo.

No ano passado, já no Atlético, seu sétimo gol apenas na 16ª partida pelo clube, número quatro vezes maior que o atual. Até então, a melhor média tinha sido em 2016, quando balançou a rede sete vezes em 12 jogos.
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