Ary Graça ataca "covardes invejosos" ao defender a CBV

Agência Estado
26/03/2014 às 21:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 01:46
 (CRISTIANO MACHADO )

(CRISTIANO MACHADO )

Por meio de nota oficial distribuída nesta quarta-feira (26), o presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, chamou de "covardes e invejosos" as fontes de reportagens que colocaram sua reputação na berlinda neste mês, no qual explodiram denúncias contra a entidade nacional que ele presidiu até o último dia 14.

De acordo com matérias veiculadas pela ESPN Brasil, duas empresas de ex-funcionários da CBV teriam recebido R$ 20 milhões de comissão por terem intermediado a negociação do contrato de patrocínio com o Banco do Brasil. Após o escândalo ser revelado, o dirigente oficializou a sua saída da entidade que ele comandava desde 1997, embora tenha se tornado presidente licenciado no fim de 2012 após ser eleito para presidir a FIVB em setembro do mesmo ano.

Logo no primeiro item da longa nota oficial desta quarta, Ary Graça garantiu que durante a sua gestão "a CBV jamais pagou qualquer remuneração a título de intermediação ou comissionamento pelo contrato com o Banco do Brasil". Porém, logo em seguida o dirigente admitiu que "as empresas (terceirizadas) citadas (nas reportagens da ESPN Brasil) participaram da negociação pelo lado da CBV e foram responsáveis pela grande elevação de patamar do patrocínio".

Segundo matérias da ESPN Brasil, a SMP Logística e Serviços Ltda, empresa pertencente a Marcos Pina, ex-CEO da CBV, receberia R$ 10 milhões a título de "remuneração relativa aos contratos de patrocínios firmados entre a CBV e o Banco do Brasil" no período de cinco anos, de abril de 2012 a abril de 2017. Também segundo a emissora, o mesmo patrocínio do BB rendia outra comissão de R$ 10 milhões que beneficiaria a "S4G Gestão de Negócios", que pertence a Fábio André Dias Azevedo, ex-superintendente da CBV, que é hoje diretor geral da FIVB.

Graça, porém, garante: "Os valores que vêm sendo citados são inverídicos, o que pode ser comprovado no sistema contábil da CBV. O valor fica entre 3% e 4% do total do contrato, distribuídos entre todas as empresas envolvidas, por serviços prestados e que só foram pagos em razão da performance do que foi conquistado".

O dirigente reclama que "muitas notícias inverídicas vêm sendo divulgadas pela mídia recentemente, em uma tentativa de atingir não somente a minha pessoa e a de colaboradoras da CBV, mas o voleibol brasileiro como um todo". E, ao comentar o teor das denúncias contra a entidade, ele finalizou a sua nota da seguinte forma: "Lamento profundamente tais falsas imputações e só posso atribuí-las a covardes e invejosos que se acobertam no anonimato da fonte não revelada, para manchar a honra de um vencedor que sempre dirigiu a CBV de forma transparente e se dedica ao vôlei integralmente, passando longos períodos longe de seus familiares. Espero ter conseguido esclarecer as dúvidas de todos. Saibam que sou e sempre serei um amigo e defensor ferrenho do vôlei brasileiro".

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