As regras da Fifa só deixariam Lucas Pratto defender a Seleção Brasileira em dezembro de 2019, quando o jogador já terá soprado o bolo do 31º aniversário. A entidade exige cinco anos de moradia ininterruptas no país ao qual o jogador pretende se naturalizar. O atacante do Galo está em Belo Horizonte desde 22 de dezembro de 2014. Entretanto, para se tornar cidadão brasileiro, o tempo é menor. O camisa 9 do Galo já cumpre quase com todos os requisitos previstos na Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil. Faltaria apenas o item III do Artigo 111, o qual contempla: "residência contínua no território brasileiro, pelo prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização". Assim sendo, o jogador seria considerado brasileiro em dezembro de 2018, meses após a Copa do Mundo na Rússia. Até lá, Dunga - que serviu de argumento para Pratto cogitar a naturalização - pode ter deixado o cargo de treinador do Brasil. O prazo de quatro anos poderia cair para apenas 12 meses se Pratto se casasse com uma brasileira ou tivesse um filho nascido no país. Segundo o procurador e sócio de Lucas Pratto, Mauro Lopes, o assunto deve ser evitado. Ele explicou que, à pedido do empresário do atacante na Argentina, Gustavo Goñi, procurou saber a burocracia de naturalização. "Atendendo um pedido do empresário do Pratto, procuramos saber as exigências que a Lei tem para naturalizar um estrangeiro. Foi um pedido não só exclusivamente ao Pratto, mas também para outros jogadores sul-americanos que são nossos clientes", disse o empresário brasileiro, ao Hoje em Dia. Lucas Pratto afirmou que ainda sonha em defender a Seleção Argentina, comandada por Tata Martino, cujo o interesse pelo futebol brasileiro está nivelado por baixo. Na visão pessoal de Mauro Lopes, a naturalização de Pratto - mesmo sendo apenas uma ideia na cabeça - seria algo bastante inovador, capaz de minimizar a rivalidade entre Brasil e Argentina no futebol.