Atlético chega a acordo de R$ 75 milhões com nova fornecedora de material esportivo

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
30/09/2015 às 07:16.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:53
 (Divulgação)

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Quando o assunto “saúde financeira” entra em campo no futebol brasileiro, a tradição pode ser trocada pelo desconhecido sem muita cerimônia. É o caso da nova fornecedora de material esportivo do Atlético: vai-se a gigante alemã Puma e chega a emergente canadense Dry World.

O arranjo comercial significará um retorno financeiro de R$ 75 milhões em um contrato de cinco anos, a partir de 2016. Em outras palavras, o faturamento será duas vezes maior.

O Atlético assinou com a Puma por 24 meses, recebendo por volta de R$ 7,5 milhões a cada temporada. Já a Dry World deverá pagar R$ 15 milhões por ano. O número coloca o novo contrato como o quarto maior acordo de fornecimento a um clube brasileiro, atrás de Corinthians (Nike), Flamengo (Adidas) e São Paulo (Under Armor).

O acerto é um alívio para a diretoria alvinegra, uma vez que o vínculo com a empresa alemã ocorreu diante de uma queda em relação à Lupo, antiga fornecedora de material esportivo. A empresa paulista havia assinado um contrato de R$ 25 milhões por dois anos, mas rescindiu ao término do primeiro ano.

Em abril deste ano, o clube publicou o balanço financeiro de 2014 revelando queda no recolhimento de verbas vindas de patrocinadores. A Dry World será apenas mais um capítulo da série de evolução na captação de recursos. Atualmente, são sete patrocinadores que, somados, pagam mais do que os R$ 22,8 milhões contabilizados pelo Galo no ano passado.

Viagem marcada

O clube não confirma ainda oficialmente a troca de fornecedora. Entretanto, falta apenas a assinatura do contrato. O presidente Daniel Nepomuceno se encontrará com os executivos da empresa no Canadá, na próxima semana e, assim, decretará o acordo de dois anos com possibilidade de expansão para mais três temporadas.

O Atlético já havia sido procurado pela Dry World no começo do mês. Os fundadores da companhia, Matt Weingart e Brian McKenzie, visitaram o estádio Independência na vitória sobre o Avaí, além de se reunirem na Sede de Lourdes, onde tietaram o meia-atacante Luan. Matt e Brian são dois ex-jogadores de rúgbi que se tornaram empresários e fundaram a Dry World em 2010.


Puma ainda tenta negociar renovação

Apesar das “conversas avançadas” entre Galo e Dry World, a Puma garante que mantém negociação com o clube para tentar a renovação de contrato.

Por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil, a multinacional alemã explicou assim a atual situação com o clube mineiro: “A PUMA está em negociação com o Clube Atlético Mineiro para a renovação do contrato, vigente até o fim da temporada. Reforçamos que a marca está constantemente atenta às oportunidades, sempre respeitando as relações contratuais com os clubes”.

Os alemães entraram na vida do clube alvinegro após o ex-presidente Alexandre Kalil ter rompido ligações com a Lupo, em consequência da demora na entrega de materiais para comercialização. Ao anunciar o acordo com a Puma, o ex-mandatário admitiu que o contrato seria economicamente inferior.

As duas empresas apenas chancelavam o material produzido pela fábrica Fillon. Já a Dry World deve apresentar uniformes baseados em tecnologia e fabricação próprias. (F.R.)

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