Atlético começa fulminante, mas passa sufoco até carimbar classificação na Libertadores

Frederico Ribeiro
12/02/2019 às 21:10.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:31
 (RAMON BITENCOURT/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO)

(RAMON BITENCOURT/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO)

A tranquilidade dos primeiros 27 minutos deu lugar, rapidamente, a um nervosismo na torcida do Atlético. Nesta terça-feira, em duelo decisivo com o Danubio pela Libertadores, o Galo começou impecável. Ofensivo, seguro, com gols de Luan e Ricardo Oliveira (duas vezes), encaminhou a vaga. Até o Danubio crescer no jogo em erros individuais. No fim, porém, prevaleceu a vitória alvinegra.

Com 3 a 2 no Independência, o Atlético se classificou para a terceira fase da Libertadores e jogará contra o vencedor de Barcelona de Guyaquil x Defensor na próxima etapa, em dois jogos nas semanas seguintes. Equatorianos e uruguaios entram em campo nesta quarta, após o Defensor vencer o rival na ida no Uruguai por 3 a 0, após entrada no tapetão.

O JOGO
Com a vantagem de poder empatar por 0 a 0 ou 1 a 1, o Atlético foi todo ataque no começo do jogo, mas sentou na vantagem muito cedo. Luan abriu o placar após chute venenoso de Cazares esquentar as luvas de Cristóforo. O 'menino maluquinho' pegou o rebote de cabeça.

Pouco depois, Ricardo Oliveira recebeu ainda no próprio campo para arrancar com velocidade. Drible de corpo até chegar na área do Danubio, driblar o goleiro e ser derrubado. Pegou a bola para cobrar o pênalti - no lugar de Fábio Santos - e converteu com categoria. Nem deu tempo de comemorar.

O camisa 9 chegaria ao segundo gol e deixaria o Atlético com 3 a 0 no marcador após bela enfiada de Cazares entre a zaga. Ele driblou novamente Cristóforo e chutou pro gol vazio. A defesa ia cortar a bola, mas o chute meio mascado de Oliveira enganou o tempo da marcação e a bola morreu nas redes.

Tudo indicava que o Atlético iria pro vestiário com muita vantagem no jogo. Entretanto, o lateral-direito Patric esgotou a paciência de Levir Culpi. Disputou a bola dentro da área com a sola da chuteira. Pênalti pros uruguaios, convertido com tranquilidade pelo veterano Grossmuller. 

O Galo pareceu não sentir o gol levado e na volta pro segundo tempo, manteve a rotatividade baixa. Partida intranquila de Igor Rabello, atuação fraca de Adilson e Elias no meio de campo, erros em demasia de Fábio Santos e Chará. Quem destoava era Cazares, esbanjando técnica. Deu o passe pro segundo gol de Oliveira e quase fez uma pintura no fim do jogo, momento no qual a torcida já rezava pro jogo acabar.

Com muito sufoco, o Atlético ainda levou o segundo do Danubio no início da etapa final. Pablo Siles recebeu longe da área, ninguém deu combate e ele acertou um foguete. Victor não teve tempo pra reagir tamanha a velocidade do chute. Com muita pressão dos uruguaios, e sem conseguir transformar ao menos três contra-ataques abertos em gol, o Galo passou, mas com suor, sufoco, sustos e aprendizado.


ATLÉTICO 3X2 DANUBIO

Atlético: Victor; Patric (Guga), Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson e Elias (Zé Welison); Luan (Maicon Bolt), Cazares e Chará; Ricardo Oliveira. Técnico: Levir Culpi

Danubio: Cristóforo, Sérgio Felipe, Renzo Ramirez (Ghan), Ernesto Goñi e Leandro Sosa; Pablo Siles, Gonzalo Montes, Denis Olivera e Leandro Onetto; Carlos Grosmuller e Federico Rodríguez (Juan Gutiérrez). Técnico: Marcelo Méndez.

Gols: Luan, aos 14'/1ºT; Ricardo Oliveira, aos 25' e aos 27' do 1ºT; Carlos Grosmuller, aos 46'/1ºT; Pablo Siles, aos 12'/2ºT
Arbitragem: Patricio Loustau, auxiliado por Diego Bonfa  e Ezequiel Brailovsky
Cartões amarelos: Patric, Fábio Santos e Elias (CAM); Denis Olivera, Maicol Ferreira, Gutiérrez (DAN)
Público: 22.205 presentes
Renda: R$ 772.179,00

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