Atlético e Cruzeiro buscam batedores de tiro livre

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
28/12/2015 às 07:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:28

Quando Juninho Pernambucano, Ronaldinho Gaúcho, Nelinho ou Éder ajeitavam a bola para cobrar uma falta, os torcedores se levantavam nas arquibancadas. Era meio gol, como se costumava dizer. Lá se foi o tempo em que os amantes do futebol tinham motivos para vibrar com este tipo de lance.

O Campeonato Brasileiro de 2015 foi um dos piores dos últimos anos no que diz respeito às cobranças de faltas. Apenas 29 terminaram no fundo das redes, contra 46 de 2013 e 42 de 2011. Por isso, trazer reforços que também tenham essa qualidade é um desafio das diretorias de Atlético e Cruzeiro.

Os dois rivais mineiros deixaram a desejar neste quesito nesta temporada e tentam melhorar o desempenho em 2016. O Galo não marcou um gol sequer de falta no Nacional e o Cruzeiro fez apenas dois. Rebaixado, o Goiás foi o clube que mais aproveitou as bolas paradas, com quatro gols de tiro livre.

Dos jogadores pretendidos pelo Atlético, o argentino Mancuello e o equatoriano Juan Cazares têm essa característica. Pelo lado celeste, os hermanos Sánchez Miño e Pisano também costumam ser bons cobradores por onde passam.

O Brasil, que já foi um país “exportador” de bons cobradores, hoje precisa buscar atletas com esta característica em mercados menores. Há alguns anos, o físico inglês Ken Bray fez um estudo que apontou Juninho Pernambucano, hoje comentarista esportivo, como o melhor batedor de falta do mundo. “Pode haver jogadores como Beckham e Cristiano Ronaldo, que se tornaram especialistas em um determinado método, mas nenhum atingiu a mesma capacidade técnica de Juninho”, garante Bray.

Autor dos quatro gols do Goiás de falta no último Brasileiro, o zagueiro Fred dá a receita para tanta eficiência. “Depois do treino, eu bato umas 30 ou 40 faltas, mas não todos os dias”, diz.

Mesma dica dá o craque Nelinho, um dos chutes mais potentes da história do futebol brasileiro. “Eu treinava falta quase todo dia. Na véspera do jogo após o treino recreativo, ficava mais de uma hora cobrando faltas, porque gostava de bater na bola”, relembra. Neto, Zico, Marcelinho Carioca, Rogério Ceni são outros que deixaram saudade.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por