Uma dor de cabeça extra-campo tem movimentado os bastidores do Atlético nos últimos dias. Há pouco mais de uma semana, o clube foi comunicado pela Topper, atual fornecedora de material esportivo, de que a intenção da empresa é alterar o molde do contrato que vai até 2020.
Carlos Wizard, fundador do Grupo Multi Holding, e que comprou as marcas Topper e Rainha em 2015, pretende mudar os rumos dos negócios de suas fornecedoras. Conforme apurou o Hoje em Dia, no caso do Atlético e também do Botafogo, a intenção é que, ao invés de pagar ao clube o valor fixo assinado em contrato, a partir de 2019 os alvinegros sejam "parceiros" e recebam porcentagem dos lucros das vendas dos produtos; proposta não aceita em Minas pelo presidente Sette Câmara.
Tomando como base a informação veiculada na Rádio Itatiaia, de que a Topper deixará o clube mineiro na próxima temporada, a reportagem descobriu que, de fato, o risco existe e que a diretoria já se movimenta para buscar soluções. Conversas com outras marcas, inclusive, já estão sendo feitas, ainda que o tom do primeiro contato entre as partes (Galo e Topper), neste novo momento, não tenha sido voltado para a rescisão contratual.
Outra preocupação do Atlético é em relação ao prazo para fechar um novo vínculo e ter os produtos à disposição no início da próxima temporada. De acordo com uma fonte ligada ao mercado, é praticamente impossível que isto aconteça. "Duvido que antes de junho qualquer fornecedora consiga atender a demanda", diz.
Já outra fonte, esta ligada ao clube, afirmou que, apesar de estar ciente do risco do rompimento do contrato com a Topper, a diretoria já trabalha com o planejamento da coleção de 2019. Investir numa marca própria, por sua vez, apesar de não ser ideia descartada, não é prioridade de momento.
A reportagem entrou em contato com a Topper, por meio de sua assessoria, e obteve a resposta de que em breve deve receber um posicionamento da diretoria.