Atlético vive situação diferente em relação a outros clubes após fim da era de um goleiro histórico

Alexandre Simões
@oalexsimoes
01/03/2021 às 11:47.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:17
 (Pedro Souza/Atlético)

(Pedro Souza/Atlético)

Personagem do último domingo (28) no futebol mineiro, Victor é a partir desta segunda-feira (1) o maior ex-goleiro da história do Atlético. Mas um fato que chama a atenção na situação vivida por ele e pelo clube é o fato de não haver o sofrimento da reposição, algo que aconteceu em várias outras equipes quando jogadores da posição, que tiveram muita representatividade, tiraram as luvas e penduraram a chuteira.

Com Éverson e Rafael duelando pela titularidade na equipe, o que fez de “São” Victor o terceiro goleiro atleticano, algo inimaginável até pouco tempo atrás, o Galo não vai passar por este desgastante processo.Pedro Souza/AtléticoNo último domingo, Victor fez seu último jogo com a camisa atleticana, na goleada de 3 a 0 sobre a URT na estreia do Galo no Módulo I do Campeonato Mineiro de 2021

O Atlético sofreu com isso no final dos anos 1990, quando Taffarel, depois de três anos e meio como atleta alvinegro, deixou a meta alvinegra para ir defender o Galatasaray, da Turquia.

Na verdade, o time teve alta rotatividade no gol até a chegada de Victor, em meados de 2012. Nesses quase 15 anos apareceram Bruno e logo depois Diego Alves, revelações da base e que passaram confiança ao torcedor, mas o período deles como titular foi muito curto, pois logo foram vendidos.

Outros exemplos

O rival Cruzeiro, após a saída de Dida, em 1999, depois de cinco temporadas com o alagoano usando a camisa 1 estrelada, só foi conseguir resolver o problema com a chegada de Fábio, em 2005. Mesmo assim, ele levou algum tempo para ganhar a confiança do torcedor.

Situação parecida viveu o Grêmio no período pós-Danrlei, goleiro que fez história ganhando títulos nacionais e internacionais pelo clube nos anos 1990 e início deste século.

O Palmeiras viveu isso no início da última década com a aposentadoria de um goleiro que virou santos antes de Victor, “São” Marcos, personagem na conquista da Libertadores de 1999 e titular da Seleção no pentacampeonato mundial, em 2002, na Coreia do Sul e Japão.

No São Paulo, o hoje treinador Rogério Ceni deixou um enorme vazio. A rotatividade parece ter sido encerrada por Tiago Volpi, embora o atual titular do gol tricolor não seja unanimidade entre os torcedores.

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