Alguns duelos no futebol brasileiro se tornam especiais pelo significado ao longo da história. É exatamente o que acontece com Atlético e Botafogo que, amanhã, começam a duelar por uma vaga nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Foi diante do time da estrela solitária que, no Maracanã, há 48 anos, o Galo levantava a taça de Campeão Brasileiro, com o gol de Dadá Maravilha – as duas equipes e o São Paulo disputavam um triangular decisivo.

Por outro lado, em 1993, os cariocas levaram a melhor no confronto válido pela semifinal da Copa Conmebol (derrota por 3 a 1 no Mineirão e vitória por 3 a 0 no Caio Martins, em Niterói), rumo ao primeiro título internacional oficial da história do Glorioso. Comandado por Carlos Alberto Torres, o Bota levaria a melhor na decisão com o Peñarol.

A história dos duelos também é marcada por uma polêmica recente que o torcedor do alvinegro mineiro não esquece. Nas quartas de final da Copa do Brasil de 2007, depois do empate sem gols no Mineirão, a equipe carioca vencia por 2 a 1 no Engenhão quando o zagueiro Alex Bruno (que depois atuaria no Galo) derrubou o atacante Tchô na área, já nos descontos. O empate valeria a vaga ao visitante, pelo critério dos gols marcados fora de casa. Apesar da clareza do lance, o hoje comentarista Carlos Eugênio Simon não marcou a falta. Algum tempo depois, admitiu publicamente que foi um dos principais erros de sua carreira.

Retrospecto

Considerando apenas os confrontos eliminatórios entre as duas equipes, a vantagem é ampla do Botafogo. Em oito disputas, seis foram vencidas pelos cariocas; duas delas, inclusive, pela Sul-Americana. Na edição de 2008, os dois se enfrentaram pela primeira fase da competição e o time da estrela venceu tanto no Engenhão (3 a 1) quanto no Mineirão. Cenário semelhante três anos mais tarde, com vitórias do time de General Severiano tanto no Ipatingão (2 a 1) quanto no Engenhão (1 a 0).

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