O Atlético levou um susto na primeira etapa, sofrendo gol de Fábio Júnior e saindo atrás do placar. Mas foi questão de tempo para que a pressão atleticana se transformasse em gols. O time alvinegro venceu o clássico contra o América, 5 a 2, neste domingo, no Independência. O zagueiro Réver foi o destaque, com três lindos gols.

Com a vitória, o Galo alcançou os 12 pontos e retomou à segunda colocação. O Coelho está na modesta oitava posição, com seis pontos.

O Atlético tem o seu próximo desafio, agora, no meio da semana, contra o América-TO, às 19h30, no Nassri Mattar, em Teófilo Otoni. Já o América encara, no mesmo dia, o Guarani, no Independência, às 22h.

JOGO

A partida começou frenética. Jogando com um time misto, poupando titulares titulares, o Atlético tentava acertar o entrosamento e pressionava na base da vontade, sobretudo daqueles que ainda buscam uma vaga entre os titulares. O Coelho, por sua vez, fazia sua primeira partida sob o comando de Paulo Comelli. Os americanos buscavam a recuperação na tabela, após início inconstante com Vinícius Eutrópio como treinador.

Aos dez minutos, quem saiu na frente foram os alviverdes. Pela direita, livre, partiu em alta velocidade Gedeilson, que cruzou na cabeça de Fábio Júnior. Como bom artilheiro, o centroavante deslocou Victor, que ficou sem ação e não conseguiu evitar o tento americano: 1 a 0.

A desvantagem no marcador não fez com que o Galo se desesperasse. Com Diego Tardelli e Bernard abertos pelos flancos, o time tentava surpreender a meta defendida por Neneca. Aos 14, Jô fez boa jogada como pivô e serviu Tardelli, que finalizou cruzado, o zagueiro Lula afastou o perigo na pequena área. Aops 20, o camisa 9 do Atlético perdeu outra boa oportunidade. Na direita, desta vez, Tardelli recebeu a bola de Bernard, chutou cruzado, mas sem direção.

O lado esquerdo do Atlético, com Richarlyson na marcação, não conseguia conter as subidas de Gedeílson, Claudinei e Giovanni. Cada um destes, conseguiu, ao menos, uma boa jogada pelo setor, que demonstra ser a maior carência atleticana no duelo.

Com o decorrer do confronto, a vantagem no placar proporcionou ao Coelho adotar uma postura mais defensiva, tentando aproveitar o contra-ataque nos espaços deixados pelo Atlético. Por sua vez, o Galo seguia na pressão ofensiva. Diego Tardelli era a principal arma alvinegra, mas não demonstrava um pé calibrado no primeiro terço do clássico no Independência.

Se os homens de frente do Galo não funcionavam, a tarefa de balançar a redes coube a quem é acostumado à marcação. Aos 32, a postura agressiva do Galo trouxe frutos. O meia Bernard recebeu bola pela esquerda e finalizou cruzado. O goleiro Neneca defendeu parcialmente e o volante Leandro Donizete apenas empurrou para o gol vazio: 1 a 1.

ETAPA FINAL

A emoção seguiu em alta no segundo tempo do clássico entre Atlético e América. Com apenas Fábio Júnior como atacante, o Coelho apostava na chegada dos volantes e meias para incomodar. Aos quatro minutos, em uma trama envolvente no ataque, Juninho teve chance clara, mas chutou em cima de Victor, que defendeu com os pés.

Aos oito, foi a vez dos alvinegros perderem um gol incrível. Jô fez boa jogada pela esquerda, observou Diego Tardelli desmarcado dentro da área e passou a bola. O camisa 9 seguiu com o pé descalibrado e finalizou mal, mesmo com a meta vazia, e desperdiçou ótima oportunidade de virar o placar.

Guilherme, aos 12 do segundo tempo, foi bastante vaiado pela torcida atleticana, que pediu o meia-atacante Luan em campo. Na sequência, aos 13, para acalmar os ânimos, o Galo conseguiu a virada no placar. Diego Tardelli cobrou falta para o zagueiro, em condição legal, que teve tempo de dominar e tocar por cima de Neneca: 2 a 1.

Não deu tempo nem da torcida comemorar o gol de Réver, que o defensor já marcou novamente. Aos 14, a defesa do América afastou de forma preliminar, Réver, sem pensar duas vezes, emendou um lindo voleio e fez um golaço para o Galo: 3 a 1. Os tentos sofridos levaram o treinador Paulo Comelli a tentar dar mais ofensividade ao time, com o atacante Kaká entrando em campo.

O lado esquerdo atleticano, que foi problema na primeira etapa, não dava os mesmos espaços no segundo tempo. Cuca deslocou um volante, ora Pierre, ora Leandro Donizete, auxiliavam o lateral-esquerdo Richarlyson na contenção do setor. 

Endiabrado, assim estava Réver. Não bastasse os dois golaços, o zagueiro ainda tratou de fazer um tento tal como já está acostumado, aos 32. Bernard cobrou escanteio de forma precisa, e o defensor testou firme, sem chances para Neneca: 4 a 1. Aos 34, o Coelho diminuiu o marcador. Doriva recebeu bola açucarada e tocou para Laércio, que fez o segundo americano: 4 a 2. Mas esse não foi a última vez que a rede foi balançada no Independência. Os atleticanos ainda tiveram a oportunidade de comemorar um gold e Diego Tardelli, que estava com o pé descalibrado até aquele momento. Aos 38, o atacante recebeu bola de Bernard, driblou Neneca e tocou para a meta vazia: 5 a 2.

Compartilhar