(Bruno Cantini)
Com apenas 0,16% de chances matemáticas de conquistar o Campeonato Brasileiro, o Atlético deixou de lado o grito de “Eu Acredito” e agora briga para manter-se na vice-liderança da competição. Para isso, será fundamental manter a concentração nas últimas rodadas e melhorar o desempenho defensivo.
Com o segundo ataque mais fatal da Série A (56 gols marcados), o Galo vacilou na retaguarda, especialmente no segundo turno, quando se distanciou da briga pelo bicampeonato. Com 39 tentos sofridos, o desempenho já é o pior desde 2012, mesmo restando ainda cinco rodadas.
“Nosso time é bem ofensivo e, às vezes, deixa o contra-ataque. E o professor (Levir Culpi) gosta de jogar assim”, explica o zagueiro Jemerson. “Mas fazemos muitos gols. Isso fez a diferença”, pondera o atleta.
Para se ter uma ideia, o Galo já foi tão vazado quando o Joinville e o Coritiba, que figuram e entre os quatro últimos colocados, e até mais do que o do Goiás, que também está no Z-4.
No primeiro turno, as redes do goleiro Victor foram vazadas 18 vezes. No returno, o número subiu para 21 em 14 partidas.
Contrariando os números, Jemerson discorda das críticas e avalia positivamente o sistema defensivo. “Temos feito um bom campeonato defensivamente. Mas temos de ajustar no dia a dia. É saber o que o Levir pede”, diz o zagueiro, que volta ao time no domingo, contra o Figueirense, após suspensão contra o Corinthians.
Contratos no fim
Principal companheiro de Jemerson e capitão do time, Leonardo Silva comandou a defesa alvinegra em 28 jogos do Brasileirão. Com contrato terminando em dezembro, o defensor de 36 anos renovou ontem o vínculo com o clube até o fim da temporada 2016.
Mas o setor pode ser um dos mais afetados para a próxima temporada. Reserva imediato da zaga atleticana, Edcarlos é um dos jogadores com o futuro indefinido. Com vínculo terminando em dezembro e atualmente lesionado, ele fez oito jogos no Brasileiro e foi sondado por alguns clubes da Primeira Divisão. Na derrota por 3 a 0 para o Corinthians, no último domingo, foi criticado por falhar no primeiro gol do time paulista.
Pensando em 2016, a diretoria também terá que buscar reforços nas laterais. Se ficar no clube, Marcos Rocha precisará de um reserva, já que o vínculo de Patric se encerra no próximo mês e o jogador tem pré-contrato com um time da Turquia. Contudo, o problema pode se agravar se o titular da posição for para a Europa, como sempre sonhou.
Na esquerda, Douglas Santos também poderá ficar sem substituto. Pedro Botelho e Emerson Conceição estão fora dos planos, e Mansur, que pertence ao Vitória, tem vínculo só até janeiro.