O Atlético se reencontrou com a vitória após cinco jogos de jejum. Atuando no Independência, na noite desta quarta-feira (14), o time alvinegro superou o Bahia por 2 a 0, com gols de Leonardo Silva e Alecsandro. Além de voltar a vencer, o jogo marcou a boa estreia do meia Dátolo com a camisa alvinegra, na vaga deixada por Bernard que deixou o clube no início do mês.
O Atlético começou bem e o novo camisa 99 mostrou disposição e foi uma das boas peças na engenharia ofensiva de Cuca no primeiro tempo. Com Ronaldinho mais disposto e chamando o jogo, o Galo fez um primeiro tempo sólido, dominou o meio-campo e praticamente não foi ameaçado. Leonardo Silva, após cobrança de escanteio, abriu o placar. Do lado do Bahia, Cristovão tentou segurar mais a marcação, abrindo mão de um atacante para colocar mais um volante, estratégia que não deu resultado.
No segundo tempo, os dois times caíram de produção, mas o Galo conseguiu fazer mais um após linda jogada de Júnior César, que cruzou para Alecsandro marcar. Com o segundo gol, o time alvinegro diminuiu o ímpeto e cozinhou o Bahia até que o juiz apitasse o final da partida, para alegria da torcida no Horto.
A vitória, após cinco jogos de jejum, afasta o Galo da zona de rebaixamento, deixando a equipe mais próxima ao meio da tabela, com 15 pontos. O Bahia, por sua vez, se afasta da briga pelo G-4, estacionado nos 19 pontos.
Na próxima rodada, o Atlético vai ao Rio Grande do Sul encarar o Internacional no domingo (18) às 18h 30. Já o Bahia recebe o santos na fonte Nova no mesmo dia e horário.
O jogo
O jogo começou preso, com os dois times com dificuldade de dar vazão às jogadas. Contudo, o Atlético conseguiu furar o bloqueio aos 4 minutos. Como um legítimo meia, Josué avançou pelo meio, aproveitou que Alcsandro puxou a marcação e lançou Luan na ponta direita. O atacante demorou para chegar na bola e cruzou para a defesa do Bahia afastar, boa trama do ataque alvinegro.
Com desfalques, o Galo promoveu a estreia de Dátolo, que assumiu a esquerda na linha de três armadores utilizada por Cuca. Com Tardelli fora, coube ao veloz Luan ocupar a faixa direita do ataque, com Alcsandro centralizado na vaga de Jô. Substitutos de Bernard e Tardelli, os dois pontas começaram com sede e disposição para tentar garantir um lugar no time. Com 10 minutos, a pressão era total do Atlético, que foi a campo com uma postura bem diferente das últimas rodadas.
Apesar de falhar no último passe, o time alvinegro mostrou boa movimentação, com o argentino Dátolo e Ronaldinho Gaúcho chamando o jogo. E foi dos pés do R10 que nasceu o primeiro gol do Atlético. O meia cobrou escanteio da direita com muito veneno. Leonardo Silva se deslocou bem, subiu alto no primeiro pau e fez 1 a 0 para a alegria da Massa no Independência. O gol serviu para acordar o Bahia, que passou a dominar mais a bola, buscando o empate.
Com 30 minutos, o jogo era bem equilibrado, mas com incontáveis erros de ambas as partes. O Atlético tentou de todas as formas sair da marcação do Bahia, mas sem sucesso. Já o tricolor sentia a falta de mais velocidade no ataque. Com Wallyson, ex-cruzeiro, no banco, o esquema com três meias funcionou mais para segurar os donos da casa, mas deu pouca fluidez à equipe comandada por Cristovão Borges. Aos 40 minutos o Galo ainda teve uma boa chance. Luan roubou a bola na defesa, foi avançando sozinho até a entrada da área e bateu. A bola saiu à esquerda de Marcelo Lomba, levando perigo.
Segundo tempo
O Bahia voltou para o segundo tempo disposto a mudar a postura, com as entradas de Angulo e Wallyson. Logo no comecinho, Hélder experimentou de fora da área, no primeiro chute a gol dos visitantes. Aos 5 minutos, o time baiano chegou a marcar com o ex-cruzeirense, mas o gol foi corretamente anulado, impedimento. Minutos antes o Atlético reclamou de pênalti não marcado em Réver em disputa na área do Bahia.
Aos 10 minutos, redenção alvinegra e explosão nas arquibancadas. Ronaldinho lançou Junior César que deu grande drible em Angulo, usando o corta luz para passar a bola por entre as pernas do adversário. O lateral correu à linha de fundo e cruzou na medida para Alecsandro escorar para o fundo do gol de Marcelo Lomba, 2 a 0. Os torcedores foram à loucura, com gritos de "o campeão voltou". Apenas cinco minutos depois, a torcida alvinegra ficou com o grito de gol entalado na garganta. R10 cobrou falta com maestria, mas a bola saiu caprichosamente para fora.
A partida seguiu morna, com poucas chances de ambos os lados. O Atlético, satisfeito com a vantagem, tirou o pé do acelerador, esperando o Bahia para sair no contra-ataque. Acuado pelo segundo gol sofrido, a equipe tricolor não aproveitou o relaxamento natural do Galo para chegar na frente, deixando a partida sonolenta, com muitos erros de ambos os times. Um dos motores atleticanos no primeiro tempo, Dátolo caiu de produção, deixando o time menos incisivo.
Com o lado esquerdo alvinegro aparecendo menos, Luan tratou de chamar para si as ações ofensivas. Apesar da boa movimentação do arisco atacante, os erros no último passe faziam com que boas jogadas terminassem sempre nos pés da defesa baiana. Com o resultado garantido, foi a vez de Cuca mexer, colocando Rafael Marques no lugar de Marcos Dando mostras de que os 2 a 0 estavam de bom tamanho.
O jogo seguiu sem maiores emoções, até que o apito final marcou o reencontro do Galo com os três pontos.
ATLÉTICO 2 X 0 BAHIA
Local: Estádio Independência
Data: 14 de agosto de 2013, quarta-feira
Horário: 19h30
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (RJ)
Assistentes: José Javel Silveira (RS) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
Cartões amarelos: Marcos Rocha (Atlético); Fernandão, Angulo, Marquinhos e Rafael Miranda (Bahia)
Gols: Leonardo Silva, aos 18 minutos do primeiro tempo; Alecsandro, aos dez minutos do segundo tempo
ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha (Rafael Marques), Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre, Josué, Dátalo (Neto Berola) e Ronaldinho; Luan e Alecsandro
Técnico: Cuca
BAHIA: Marcelo Lomba; Madson (Angulo), Lucas Fonseca, Rafael Donato e Raúl; Fahel, Rafael Miranda, Hélder (Obina) e Anderson Talisca (Wallyson); Marquinhos e Fernandão.
Técnico: Cristóvão Borges