(Carlos Roberto)
Bernard ainda não sabe se ficará no Atlético para 2013, mas fecha a temporada como a principal revelação do Campeonato Brasileiro. No que depender da dupla que formou com o craque Ronaldinho Gaúcho, não falta motivos ao camisa 11 para continuar no clube mineiro.
“Ele chegou e eu pude melhorar bastante, em muita coisa”, destacou Bernard, que se diz suspeito para falar sobre R49. “Desde o início, quando eu nem jogava no Atlético eu já procurava ver os jogos dele”.
Com apenas 20 anos, Bernard viu o companheiro de Atlético brilhar longe do Brasil. “Tenho um álbum da Copa de 2002 e tenho figurinha dele”, lembrou.
Com Bernard e Ronaldinho em campo – foram 31 jogos, desde que o Gaúcho estreou na 4ª rodada –, o Atlético-MG conseguiu 17 vitórias. Quando marcavam, quase sempre o outro estava em campo: dez dos 11 gols de Bernard tiveram a companhia de Ronaldinho, que fez nove de seus dez com o jovem.
Com propostas de clubes de centros secundários do futebol europeu, Bernard pode ter feito seu último jogo pelo Atlético-MG neste domingo. Ronaldinho já renovou seu contrato com o clube por mais uma temporada.
Bernard cobra valorização
Esse choro não é de despedida. É incerto. Não sei oque vai acontecer comigo”, explicou camisa 11. Meu empresário esta em belo Horizonte. Vamos ver o que ele e o (Alexandre) Kalil (presidente do Atlético) vão reservar para mim”.
Alvo do interesse de centros menores do futebol europeu, o atleta pede que cartolas e empresário pensem nele durante as negociações, mas ressalta que terá a palavra final.
“Espero que nessas conversas eles não olhem só para o deles. Tem que olhar também o que é melhor para o Bernard. A última palavra vai ser minha. Vou querer falar com o Kalil para ter uma valorização dentro do clube. A gente vê o Neymar com vários contratos publicitários sendo valorizado. Não é que eu seja mercenário, mas a vida de jogador é muito curta”, comentou.
Revelado pelo clube mineiro, Bernard explicou a dificuldade de tomar a decisão de deixar o Atlético.
"Posso muito bem ir, sumir e não jogar mais. Posso ficar e ajudar o atlético a ganhar um título de expressão e, até mesmo, não dar certo. É um tiro no escuro. Futebol é uma coisa muito incerta. Não tem margem pra erro”, sentenciou.
Mesmo sem saber se seguirá para 2013, o meia, dono de 11 gols no Brasileirão, declarou amor ao clube que o revelou. “Foi aqui onde tudo começou, onde fiz meu primeiro gol. Não ganhei esses prêmios por mim, mas também pelo Atlético”, disse.