Brasileiros costumam levar sufoco nas semifinaisde grandes competições

Marcel Rizzo - Folhapress
18/12/2013 às 20:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:53
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

SÃO PAULO - O Mundial de Clubes no formato criado pela Fifa em 2005 tem roteiro idêntico, não importa o ano ou os participantes. Logo que são conhecidos os campeões da Europa e da América do Sul, entre maio e julho, já começa a ser projetada a grande final e a imaginação voa longe.

Como o Inter, de Porto Alegre, se portaria diante do Inter, o de Milão, era a pauta em 2010. E Ronaldinho será "aquele" Ronaldinho contra o Bayern de Munique, mostrando aos europeus que não acabou para o futebol, era a história a ser contada em 2013. Nunca saberemos essas respostas.

Por mais que o discurso dos clubes brasileiros seja o de humildade, os times brasileiros viajam para Abu Dhabi, Japão ou Marrocos preparados para enfrentar o campeão europeu. E esquecem que antes há uma semifinal.

A diferença técnica e tática de uma potência como o Bayern ou o Barcelona para equipes da Ásia, África ou América do Norte e Central é brutal. Já em relação a times brasileiros, costuma haver até equilíbrio.

Times brasileiros venceram a semifinal em 2005 (São Paulo), 2006 (Inter), 2011 (Santos) e 2012 (Corinthians). Perderam em 2010 (Inter, para o Mazembe) e hoje, com a derrota do Atlético para o Raja Casablanca.

Somente o Santos, contra o Kashiwa Reysol, conseguiu vencer por mais de um gol de diferença (3 a 1). Mesmo São Paulo, Inter (o de 2006) e o Corinthians, que na final derrotaram os europeus, sofreram para passar da semi vencendo por apenas um gol de diferença.

Em 2010, o africano Mazembe assombrou o Brasil ao derrotar o Inter em Abu Dhabi. Pela primeira vez um Mundial não uma decisão Europa x América do Sul, únicos continentes que já venceram uma Copa do Mundo de seleções.

Em 2013, o Raja Casablanca derrotar o Atlético já assombra bem menos.

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