Campeões da Conmebol de 97 relembram conquista e celebram o Galo

Álvaro Castro – Hoje em Dia
25/07/2013 às 03:10.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:22

O Atlético voltou a vencer um título internacional depois de 16 anos. Com a conquista da Libertadores 2013 sobre o Olimpia, o time alvinegro levanta, finalmente, a principal taça do continente Americano. Antes, o último sucesso havia sido na extinta Conmebol, que equivaleria hoje à Copa Sul-Americana, em 1997. De tantos jogadores importantes, dois atletas se destacaram nessa conquista, o atacante Marques e o meia Jorginho.

Marques foi o grande parceiro do artilheiro Valdir, aquele do bigode, artilheiro alvinegro na competição com 7 gols. O hoje deputado estadual foi um dos atletas decisivos com assistências precisas e muita velocidade em campo. Para o então camisa 9, os dois times campeões são bem diferentes, já que aquele elenco foi sendo montado ao longo do ano e o atual desde o ano passado.

"Eu vejo com muitas diferenças. Aquele foi um time formado no segundo semestre, para o Campeonato Brasileiro. Valdir e eu chegamos na segunda, terceira rodada. Este time do Atlético está formado a mais de um ano, e é bem mais forte do que o ano passado", analisou.

Para Marques, o conjunto forte do Galo aliado a grandes jogadores, como Ronaldinho e Tardelli, fizeram a fórmula de sucesso do triunfo. Contudo, as dificuldades foram muito maiores. Naquela ocasião, o time alvinegro bateu o Lanús, da Argentina. No primeiro jogo, em terras hermanas, vitória tranquila por 4 a 1. A taça foi sacramentada com um empate por 1 a 1 no Mineirão.

"Mesmo jogando o primeiro jogo fora como foi agora, nós encaminhamos o título no primeiro jogo. Buscar a vitória a todo custo no Mineirão foi muito mais difícil", relatou.

A mesma impressão é compartilhada pelo então camisa 10 Jorginho, atualmente treinador. O jogador fez o gol do Galo no Mineirão, no jogo que definiu o título, e outros três ao longo da competição. Ainda que com papel de destaque, ele rasgou elogios ao comandante do título da Libertadores, Ronaldinho Gaúcho. "Tecnicamente eu não posso comparar. Eu tive sorte de fazer gols nos jogos decisivos, mas qualquer atleta jogando ao lado dele tem uma confiança acima do normal. Ele faz com que outros rendam mais na sua presença", analisou.

Para Jorginho, R10 mostrou evolução desde que chegou ao Galo, sendo muito diferente do atleta que passou recentemente pelo Flamengo sem tanto brilho. Jorginho destacou a importância do atleta rodado, assim como era Taffarel, goleiro atleticano na conquista de 1997. "Naquele time tinha um campeão mundial, que era o Taffarel. Era um time muito rápido que jogava com o Doriva e Edgar como volantes, um meia e três atacantes. Era bem semelhante a esse, logicamente que cada um dentro da sua época, mas era um time tão bom quanto esse, fez uma campanha magnífica no Brasileiro", contou.

Ambos destacaram a importância da conquista para o torcedor. Com mais tempo de Atlético e o nome cravado na história do clube, Marques falou da importância dos jogadores conhecerem o que é o Atlético e saberem da importância da conquista para a Massa. "O Cuca me deu a palavra antes de uma preleção e eu fiz questão de mostrar para os atletas o que é o Atlético, o que significa para seu torcedor, que estava muito angustiado. Eles aprenderam o que é representar essa camisa", finalizou.

Marques é um dos atletas que mais vestiu a camisa alvinegra, 386 jogos, com 133 gols marcados e inúmeras assistências. Ao seu lado, consagrou Valdir e Guilherme no rol dos grandes matadores alvinegros. Jorginho esteve em campo em 36 oportunidades, marcando 14 vezes.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por