Destaque da Recopa, Marcos Rocha quer vaga na Seleção

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
25/07/2014 às 08:31.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:31
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Diego Tardelli marcou o centésimo gol, Victor fez defesas milagrosas, e o capitão Leonardo Silva levantou o troféu. Porém, nas duas partidas da Recopa, Marcos Rocha foi o principal destaque, com a impecável marcação na Argentina e uma assistência no Mineirão. Com isso, chegou o momento de pensar mais alto.

O lateral-direito do Atlético acumula um desempenho regular com a camisa do clube. Somado a isso, a Seleção Brasileira mudou de comando, Maicon e Daniel Alves não devem participar do grupo (terão 36 e 35 anos, respectivamente, na próxima Copa). Então, o camisa 2 quer ser lembrado pelo técnico Dunga para o Mundial 2018.

“Tenho que continuar fazendo o meu trabalho no Atlético para ser novamente lembrado na Seleção. Fui convocado no último ano. Mas, infelizmente, não pude estar no grupo da Copa de 2014. Mas vou dar o meu melhor para, quem sabe, ser novamente convocado e me firmar de vez no grupo para o Mundial de 2018”, afirmou o jogador. Ele foi chamado em quatro oportunidades para defender a amarelinha: duas com Mano Menezes (2012) e duas com Felipão (2013).

Na partida da última quarta-feira, Marcos Rocha conseguiu algo que, há pouco um tempo, era impensado. Foi elogiado pela torcida que, antes, o via como um vilão. A relação entre o jogador e os torcedores parece ter se estabilizado. A Massa aumentou sua paciência para os lances arriscados do lateral na defesa e passou a esperar sempre alguma jogada diferente dele no ataque.

“Mais do que qualquer um, eu confio muito no meu futebol e no que eu posso contribuir. Tenho consciência dos meus defeitos e das minhas virtudes. Nem sempre meu jogo foi bem visto por todos, mas de uns tempos pra cá isso tem melhorado cada vez mais”, disse.

Gosto do título

Titular absoluto do time de Cuca, no ano passado, Marcos Rocha ficou de fora da final da Libertadores diante do Olimpia, pois estava suspenso. Contudo, pôde comemorar um título internacional, atuando o jogo inteiro e vivendo um clima parecido na Recopa. “O importante é que eu retornei, fiz boas partidas e pudemos conquistar este título inédito para o Atlético”.

Em um clube acostumado a revelar jogadores para o futebol mundial, Marcos Rocha era o único representante da base alvinegra na final da Recopa. No banco estavam mais dois revelados pelo Atlético: o lateral Alex Silva e o meia Marion.

Minientrevista

Você foi um dos melhores da Recopa. Deu para compensar a ausência na final da Libertadores?

São situações diferentes, apesar de serem títulos que dependem um do outro. Infelizmente, não puder estar na fase final da Libertadores deste ano, quando fomos eliminados. De qualquer forma, fico feliz de ter jogado bem em uma decisão.

Algo que nunca faltou para você, para o bem e para o mal, foi a autoconfiança. O Levir Culpi te incentiva a sempre arriscar passes e dribles?

O Levir é um grande treinador. Procuro seguir o que ele me pede pra fazer taticamente, embora todos os jogadores possam arriscar algumas jogadas ofensivas. Então, tenho liberdade de arrisca um lance ou outro, mas sempre preocupado em não colocar a equipe em risco.

Seu pensamento de deixar o clube pelo futebol europeu acabou ou ainda existe?

Eu sou muito grato ao Atlético por tudo que fez por mim. Tenho ainda o sonho de jogar em um grande clube no futebol europeu. Mas, até então, tenho contrato com o Atlético e estou muito feliz aqui. Essa valorização é muito importante para me manter no clube também, além de estar perto da minha família e dos amigos.

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