(CRISTIANE MATTOS)
Tempo quente, jogo frio. Nem mesmo a alta temperatura no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, conseguiu esquentar os ânimos dos jogadores de Atlético e Corinthians, que fizeram da estreia dos clubes, neste domingo (20), uma partida para se esquecer. Apesar de levarem a campo dois armadores que passaram pela Seleção Brasileira (Ronaldinho, pelo Galo, e Jadson, pelo alvinegro paulista), os dois clubes mostraram um futebol pouco criativo, o que justifica o placar sem gols. O Galo agora volta suas atenções para a Copa Libertadores. Na próxima quarta-feira (23), visita o Atlético Nacional, em Medelin, no estádio Atanasio Girardot. A partida terá início às 22 horas e será a primeira das oitavas de final da competição continental. Pelo Brasileirão, o Atlético voltará a campo no próximo domingo (27), quando encara o Grêmio no Sul do país, a partir das 18h30. O Corinthians, por sua vez, recebe o Flamengo, no Pacaembu, às 16 horas, na mesma data. “Slow Motion” Quando o técnico Paulo Autuori abriu mão de escalar um time “misto” para a estreia no Brasileirão, mesmo com compromisso importante na quarta-feira, pela Libertadores, se esperava que o confronto contra o Corinthians seria um bom espetáculo. Afinal, do outro lado estava uma equipe que ficou quase 30 dias “de férias” e queria mostrar que a eliminação ainda na primeira fase do Paulista era coisa do passado. Ledo engano. O que se viu em campo foram duas equipes atuando em “câmera lenta”, com pouca criatividade e mobilidade. Para se ter ideia, oportunidades reais de gol só foram duas. Uma de cada lado. O Atlético esteve perto de dar números iniciais à partida aos 11 minutos, quando Tardelli deu belíssimo passe para Guilherme, que penetrava pela esquerda. O meia-atacante recebeu de frente para o crime, mas foi “abafado” por Cássio na hora do chute. Quatro minutos depois, o Corinthians respondeu com a mesma fórmula: lançamento em profundidade nas costas do lateral. Repetindo o arqueiro que estava do outro lado, Victor saiu bem nos pés de Luciano e evitou que o time paulista abrisse o marcador. Foi pouco. O som do apito de Héber Roberto Lopes que decretava o final do primeiro tempo veio como um alívio, já que a produtividade das equipes deixou a desejar. Morno Se o primeiro tempo foi sonolento, a segunda etapa ofereceu um pouco mais de emoção aos torcedores presentes no Parque do Sabiá. Tanto Atlético quanto Corinthians tiraram o “pé do freio” e passaram a investir mais na individualidade, já que o “conjunto” não se acertava. Não à toa o número de chances reais de gol cresceu. Tardelli, por exemplo, perdeu gol incrível logo aos dez minutos, quando recebeu sozinho, mas isolou a bola. Fernandinho foi outro que pecou “de frente para o crime”, quando aproveitou um descuido da defesa corintiana, mas parou em Cássio ao tentar driblá-lo. O Corinthians também aprontou das suas. Aos 17, Petros recebeu na entrada da área, pelo lado esquerdo. Com um corte seco, deixou a zaga na saudade. Com a perna direita, chutou cruzado e acertou a quina externa da trave defendida por Victor. A melhor chance, entretanto, veio aos 43 minutos, quando Romarinho foi lançado nas costas da defesa atleticana. O rápido atacante cruzou para o miolo da área, onde achou Guerrero, que dominou no peito e soltou o pé. Só não contava que Victor faria mais um de seus milagres para que o confronto terminasse sem gols. FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 0 X 0 CORINTHIANS ATLÉTICO: Victor, Alex Silva, Otamendi, Leonardo Silva, Emerson Conceição; Pierre, Leandro Donizete, Ronaldinho Gaúcho, Guilherme (Neto Berola); Fernandinho (Marion) e Diego Tardelli. Técnico: Paulo Autuori CORINTHIANS: Cássio, Fágner, Cléber, Gil, Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Bruno Henrique), Petros, Jadson (Zé Paulo); Romarinho e Luciano (Guerrero). Técnico: Mano Menezes Data: 20 de abril de 2014 Motivo: Jogo válido pela 1ª rodada do Campeonato Brasileiro Estádio: Parque do Sabiá Cidade: Uberlândia Árbitro: Héber Roberto Lopes (FIFA/SC) Auxiliares: Wagner de Almeida Santos (CBF/RJ) e Michael Correia (CBF/RJ) Árbitros assistentes adicionais: Rodrigo Batista Raposo (CBF/DF) e Vanderlei Soares de Macedo (CBF/DF) Público: 10.023 pagantes Renda: R$ 503.830,00