Galo e Olimpia se reencontram após duas décadas

Hoje em Dia
12/07/2013 às 08:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:59

Pouco mais de duas décadas depois, Atlético e Olimpia, do Paraguai, reencontram-se na decisão de uma competição internacional. Mas uma marca da final da Copa Libertadores de 2013 é que as equipes têm papéis diferentes no confronto, pois, agora, o favoritismo é atleticano. Em 1992, na primeira edição da Copa Conmebol, era paraguaio.

O Olimpia daquele ano não tinha mais a mesma força do grande time comandado pelo técnico Luis Cubilla, que participou de três decisões consecutivas de Libertadores, de 1989 a 1991, conquistando o título em 1990, ano em que venceu também a Supercopa. Mesmo assim, ainda carregava a tradição, a experiência recente e alguns nomes de destaque, como os atacantes González, Amarilla e Samaniego.

A equipe, dirigida à época pelo argentino Roberto Perfumo, que nos tempos de zagueiro defendeu o Cruzeiro, tinha no gol o também argentino Goycochea, que se destacou na Copa do Mundo de 1990, na Itália, pela defesa de vários pênaltis.

O Atlético era um time operário, que contava com a experiência do goleiro João Leite, já veterano, a qualidade do volante Moacir, então uma promessa, e com o atacante Sérgio Araújo. Mas isso não o colocava como favorito naquela decisão.

Ao contrário do que acontece agora, em 1992 a partida de ida foi disputada no Mineirão. A noite de 16 de setembro começou marcada por um verdadeiro temporal que caiu sobre a capital mineira. Durante o primeiro tempo do jogo, de um lado do Mineirão era difícil se ver o outro.

Depois de 90 minutos, a chuva virou coadjuvante. O ator principal passou a ser Negrini, um meia habilidoso, que tinha chegado ao Galo naquele ano, contratado junto ao Atlético-PR, mas que marcou seu nome na história do clube só pelos dois gols sobre o Olimpia mesmo, pois nunca conseguiu se firmar.

Pressão

Mais uma diferença entre a final de 1992 e a de 2013 é que o Olimpia não mandou a sua partida no Defensores del Chaco, o maior palco do futebol paraguaio, como acontecerá agora. Ele levou o confronto para o Manuel Ferreira, um estádio acanhado, de propriedade do clube, na periferia de Assunção.

O campo pequeno e a pressão da torcida não foram suficientes para abalar a concentração atleticana. O técnico Procópio Cardoso, baseado na vantagem construída no primeiro jogo, montou um esquema defensivo que só foi furado aos 44 minutos do segundo tempo. Aí, era tarde demais. A taça já tinha dono: o Galo. O que a Massa espera é um final idêntico, na decisão que os dois alvinegros começam a disputar na próxima quarta-feira.  

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