(Bruno Cantini/Divulgação)
A torcida do Atlético já nem se lembrava mais da última grande defesa do goleiro Giovanni. Mas bastou o primeiro desafio verdadeiro na volta ao time principal para o reserva mostrar novamente qualidade e personalidade sob a meta alvinegra, mesmo com a difícil missão de substituir o maior ídolo do clube, justamente em uma partida decisiva.
A atuação do camisa 12 na vitória por 3 a 0 sobre o Colo-Colo, nesta quarta-feira (16), pela Libertadores, foi um alento para a Massa. Sem poder contar com Victor por até seis semanas, devido a uma artroscopia no joelho do titular, o Galo respirou aliviado com a participação do suplente. Com ao menos três defesas muito difíceis, Giovanni evitou que a partida se complicasse, especialmente no segundo tempo, e foi bastante aplaudido ao deixar o gramado. De quebra, ficou com o prêmio de melhor jogador em campo oferecido pelo patrocinador do torneio.
Na primeira etapa, Giovanni já havia sido testado algumas vezes, sem decepcionar, mostrando firmeza nas saídas, tanto pelo alto quanto no chão. Atacou até de “camisa 10”, colocando Luan na cara do gol com um ótimo lançamento direto para a área adversária, aos 21 minutos. A pressão do ataque facilitava o trabalho, afastando o Cacique da área atleticana, mas ainda houve tempo para a primeira prova de fogo, com uma bela defesa em cobrança de falta de Valdés.
As intervenções mais importantes viriam na etapa complementar. Com a vitória parcial do Galo por 2 a 0, o Colo-Colo se lançou à frente e poderia ter complicado a vida do time mineiro. Logo no primeiro minuto, Delgado recebeu cruzamento e cabeceou com precisão no canto inferior do arqueiro, que mostrou reflexo e elasticidade para evitar o gol. Pouco depois, aos 8 minutos, o centroavante voltou a exigir boa intervenção do camisa 12 com um chute forte da entrada da área.
Além dos aplausos e do prêmio, o goleiro também recebeu os elogios do técnico Diego Aguirre. “Estava tranquilo, porque o Giovanni já tinha feito dois jogos importantes contra o América (pela Copa Sul-Minas-Rio e pelo Campeoanto Mineiro). Para mim, era normal que ele jogasse hoje, assim como o Júnior Urso. Na hora que precisamos, fizeram um jogo muito bom”, avaliou.
"O melhor em campo, no meu ponto de vista, foi o Giovanni. Pelas defesas que ele fez e por ter suprido a ausência de um grande goleiro como o Victor, que é um ídolo da torcida", acrescentou o atacante Luan.
Após ter passado os 64 jogos da temporada 2015 no banco, o reserva já havia voltado a campo neste início de ano, mas em partidas de menor importância, com atuações sem destaque com o time "alternativo" e até uma falha no primeiro clássico contra o Coelho. Agora, ele conta com a confiança da equipe e da torcida para a sequência na Libertadores, já que o titular só deve voltar ao time nas oitavas de final da competição mais importante das Américas.