Levir Culpi nasceu em Curitiba e treinou os três grandes clubes do Paraná, mas foi em Minas – mais especificamente no Atlético – que criou identidade como técnico de futebol. De volta após sete anos, o técnico que vive um caso de amor e ódio com a torcida chega nesta quinta-feira (4) a uma marca de respeito: 200 jogos pela equipe alvinegra.

Contra o Palmeiras, Levir pode dar um passo fundamental rumo à inédita Copa do Brasil para o clube mais marcante de sua carreira no país.

Ele já é o quarto treinador que mais comandou o Galo e o único de sua geração a se perpetuar à frente do time – os três primeiros do ranking tiveram momentos dourados nas década de 1970 e 1980 (veja ao lado).

Experiência

Com 328 jogos em seis passagens pelo Atlético, Procópio Cardoso considera Levir merecedor da marca. “É um treinador competente, já provou o seu valor muitas vezes. Saiu e voltou, e sempre foi lembrado toda vez que o clube precisava de mudanças. Ele está de parabéns”, avalia.

Procópio, que também defendeu a equipe dentro de campo, é ainda o técnico com mais passagens pelo clube. Foi ele quem teve a honra de comandar o inesquecível time de Reinaldo e companhia, além de ser o único treinador tricampeão consecutivo do Campeonato Mineiro.

“Sou o único com essa marca, e pouca gente sabe disso. Tudo isso representa muito, principalmente pelo tamanho da entidade. O Levir deve ficar bastante orgulhoso”, reforça.

Cobrança

Se há algo em comum entre os quatro técnicos que mais dirigiram o Galo é a pressão da torcida. Todos tiveram que lidar com a paixão e, em vários momentos, com a insatisfação. Procópio lembra que os atleticanos não economizam nos gritos de “burro” quando a equipe vai mal – fato já destacado neste ano por Levir.

“Já cansei de ser contestado, fui chamado de burro e até já mandei ‘banana’ quando a torcida defendeu jogadores indisciplinados que eu barrei. É uma relação que oscila entre o bem e o mal. O Levir sabe disso muito bem”.

Compartilhar