Massa atleticana invade as ruas de Assunção para final da Libertadores

Gláucio Castro - Hoje em Dia*
18/07/2013 às 08:25.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:10

ASSUNÇÃO – Era a esquina das ruas Palma e 14 de Maio, no Centro de Assunção. Mas poderia ser a Praça Sete, no coração de Belo Horizonte. Torcedores alvinegros, que começaram a chegar à capital paraguaia na segunda-feira, promoveram na quarta-feira (17) uma verdadeira invasão em preto e branco pela cidade.

Era difícil uma rua que não tivesse torcedores do Galo desfilando de uniforme. Enquanto aguardavam o primeiro confronto da final inédita da Libertadores, eles fizeram compras. Perfumes e roupas foram os artigos mais procurados. Em muitas lojas, havia muito mais brasileiros passando seus cartões de crédito do que paraguaios.

Usando uma máscara do Ronaldinho Gaúcho, Sérgio Vinícius, de 42 anos, morador do bairro Nova Suissa, Oeste de BH, fez sucesso. Era parado por moradores, que tiravam fotos. Até empresários engravatados aproveitavam a hora do almoço para fotografar o personagem.

Enquanto o original se preparava no hotel para o duelo contra o Olimpia, o genérico aproveitava os 15 minutos de fama. “Está muito engraçado. O clima por toda a cidade é muito amistoso. Até os torcedores do Olimpia vêm falar com a gente”, disse Sérgio, entre uma compra e outra.

Ricardo Chaves, de 40, morador do Barroca, também na região Oeste de Belo Horizonte, gostou do preço das roupas. “Vou ver o Galo na final e aproveitar para comprar algumas lembranças”.

Bem na foto

A presença dos atleticanos era tão forte na capital paraguaia que muitos moradores registravam a festa em vídeo. Alguns pararam os veículos para fotografar.

Como a polícia de Assunção usa bafômetros na entrada do estádio Defensores Del Chaco, impedindo a entrada de pessoas alcoolizadas, eles só sentiram falta da tradicional cervejinha gelada para afastar o calor.

Os primos Felipe e Sarah Lessa, de 23 e 24 anos, deixaram Nova Lima, na Grande BH, para apoiar o Galo na decisão e também foram às compras. “Não queremos comprar nada em especial. O que aparecer com bom preço a gente acaba levando, até como recordação”, afirmou Sarah. Outros sete integrantes da família também percorreram as lojas da cidade.

Os amigos Rafael Mapa, de 30 anos, Pedro Pimenta, de 26, e Gustavo Leite, de 30, todos da capital mineira, voltaram para o hotel cheios de sacolas. Eles levaram recordações do futebol paraguaio, como camisas da seleção e do Cerro Porteño, rival do Olimpia. “A gente até encontra isso tudo em BH, mas aqui está cerca de 30% mais barato. Além do mais, é uma recordação desta partida histórica”, disse Gustavo.
 

*Enviado especial

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