No Mundial, são os goleiros que costumam virar heróis

Gláucio Castro - Hoje em Dia
13/12/2013 às 08:05.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:46

Ela é uma das posições mais ingratas do futebol. Mas, por outro lado, pode ser decisiva, principalmente em competições de tiro curto. A campanha dos títulos de equipes brasileiras no Mundial de Clubes mostra que a atuação destacada dos goleiros foi decisiva para que os times tupiniquins levantassem a taça no final.

Mais do que nunca, o sonhado troféu inédito pode estar nas mãos de Victor. Ou nos pés. Afinal, foi assim que ele salvou o time aos 47 do segundo tempo contra o Tijuana. Canonizado pelos torcedores durante a campanha vitoriosa da Libertadores 2013, quando foi um dos principais responsáveis pelo feito, o camisa 1 do Galo quer fazer história agora na mais importante competição de clubes.

A seis dias da estreia, o goleiro não esconde a ansiedade, mas tenta transformar o frio na barriga em uma situação positiva para o time. “A gente tem de transformar esta ansiedade natural em motivação na hora das partidas”, diz Victor. Ainda sem saber quem pegará pela frente, o camisa 1 alvinegro garante que já está estudando todos os detalhes dos atacantes.

O último goleiro a brilhar no Mundial foi Cássio, do Corinthians, no ano passado. Com 1,95m e mais de dois metros de envergadura, o atleta do Timão se transformou em peça chave na conquista de 2012. A atuação foi coroada com o título de melhor atleta do torneio.

Diante do poderoso Chelsea, de Ramires, Lampard, Oscar e Fernando Torres, o camisa 1 da equipe de São Paulo fechou o gol e saiu de campo sem ver suas redes balançando. A atuação de Cássio e o gol marcado por Paolo Guerrero colocaram o Corinthians no posto mais alto do futebol mundial.

Antes disso, outro paulista também havia sido decisivo para seu time. Em 2005, Rogério Ceni, que acaba de renovar contrato com o São Paulo por mais uma temporada, parou o Liverpool, da Inglaterra, e fez o Tricolor levantar a taça. Ceni também recebeu a Bola de Ouro do Mundial.

Clemer, pelo Internacional, em 2006, e Dida, pelo Corinthians, em 2000,foram outros dois goleiros brasileiros que fizeram história com a camisa 1 no torneio da Fifa.

Divisor de águas

A chegada de Victor à Cidade do Galo no meio da temporada passada se transformou num divisor de águas. Desde a transferência de Diego Alves para a Espanha, no segundo semestre de 2007, que os torcedores alvinegros sentiam calafrios cada vez que a bola ia em direção à área. Atletas experientes, como Fábio Costa e o uruguaio Carini, e pratas da casa, como Renan Ribeiro, foram testados, mas não conseguiram transmitir confiança à Massa.

Desde que desembarcou em Belo Horizonte, Victor já disputou 87 jogos com a camisa do Atlético e levou 92 gols, média de 1,05 por partida. Antes do embarque para o Marrocos, foi agraciado com um prêmio que, segundo ele, servirá de incentivo para o Mundial. Victor foi escolhido o melhor goleiro da Libertadores.  

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