Puro sangue: símbolo de raça, Pierre guia os reservas do Galo diante do Colorado

Frederico Ribeiro* - Hoje e Dia
22/11/2014 às 10:43.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:07
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Nos pampas gaúchos, um cavaleiro de antigas batalhas será um dos responsáveis por segurar as rédeas de uma legião alvinegra inexperiente em grandes desafios. Amante dos cavalos, o volante Pierre, assim como o animal, é o símbolo de raça pura no Atlético para o duelo contra o Internacional, neste sábado (22), às 19h30, no Beira-Rio.   O jogador se apaixonou por cavalos ainda na infância, quando trabalhou em fazendas de Itororó (BA), sua cidade natal. Neste sábado, após ter conquistado sucesso na profissão, mantém uma área verde com animais da raça Mangalarga Marchador, o autêntico puro-sangue da equinocultura brasileira.   “Não me considero propriamente um criador, mas tenho cavalos na minha fazenda, na Bahia. Sempre que tenho folgas longas, gosto de ir para lá passear. Cavalgar é um grande hobby meu. O cavalo é um animal admirável, pelo seu porte e elegância”, afirma o volante do Galo ao Hoje em Dia, revelando ainda que mantém um grupo no aplicativo Whatsapp para trocar mensagens pelo celular com outros criadores.   A equipe alvinegra ainda alimenta aspirações no Brasileirão e até pode se beneficiar, mesmo que indesejadamente, da vitória do Cruzeiro, anteontem, sobre o Grêmio, para se garantir no G-4.    De olho na final da Copa do Brasil contra a Raposa, o técnico Levir Culpi poupará os titulares, dando assim uma nova chance a atletas que não vêm jogando com frequência.   “A nossa equipe já demonstrou sua qualidade em outros jogos. Está com a confiança altíssima e uma alegria enorme. A missão é difícil, é um concorrente direto na briga pela vaga na Libertadores, mas a equipe está bem preparada”, promete o volante alvinegro.   Para segurar os armadores do Inter, Pierre terá ao seu lado outros dois especialistas da marcação: Josué, suspenso na Copa do Brasil, e o jovem Eduardo completam o meio de campo do Galo no Sul.   Superação   Pierre conquistou a torcida do Atlético pela entrega em campo. E desistir não faz parte da cartilha de vida do atleta. O jogador de 32 anos enfrentou verdadeiros testes de fé na vida extra-campo.   Primeiro, o nascimento da primeira filha, há cinco anos, fez Pierre ver como a vida pode ser frágil, e o ser humano, ao mesmo tempo, forte. Pietra nasceu prematura, aos 6 meses, e é uma grande inspiração para o marcador. O parto complicado resultou em sequelas no desenvolvimento motor da menina. A evolução, inclusive, incluiu procedimentos de fisioterapia com cavalos.   Além disso, Pierre ainda sofre com a morte do irmão Arnol Calixto Júnior, assassinado há quase um mês em Itororó. “A vida é feita de superação. Ninguém foge da luta. Sempre coloco Deus em primeiro lugar. Tenho uma família perto, que não me deixar desanimar. Por isso, conquistei o que conquistei”.   Levir volta a relacionar titulares   Assim como havia feito no jogo contra o Figueirense, o técnico Levir Culpi escalará um time reserva para enfrentar  o Internacional. Contudo, precavido, ele resolveu também relacionar os titulares para a viagem ao Rio Grande do Sul.    A intenção do técnico, no entanto, é utilizar os principais jogadores do elenco apenas em último caso, pensando na decisão da Copa do Brasil contra o rival Cruzeiro. “No jogo passado fizemos isso. Iríamos perder a partida e coloquei alguns titulares para jogar 30 minutos”, afirmou o treinador. Com dores no ombro esquerdo, o meia-atacante Luan foi o único atleta poupado da viagem.   *Colaborou Henrique André

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