(Bruno Cantini/Atlético)
Ele ainda não conseguiu levar os times que dirigiu a levantar a taça de nenhuma importante competição nacional. Mas, nos últimos anos, o técnico Cuca ostentava o título particular de “rei do returno”.
Suas arrancadas nas rodadas decisivas do Campeonato Brasileiro à frente de Goiás, em 2003, Fluminense, em 2009, Cruzeiro, em 2010, e Atlético, no ano passado, tornaram-no um verdadeiro especialista em retas finais do Nacional. Mas a decepcionante campanha do Galo no returno de 2012 vem jogando por terra esse diferencial do treinador.
Sem vencer há quatro jogos, o Atlético segue como vice-líder, mas viu o Fluminense abrir seis pontos de vantagem ao término da 27ª rodada. Antes unânime em todos os quesitos, o time de Ronaldinho ocupa a desconfortável 15ª colocação na tabela fracionada do returno, com apenas 41,67% de aproveitamento. Em oito partidas, venceu duas, empatou quatro e perdeu para Corinthians e Náutico. Em meio a estes resultados ruins, está ainda a derrota de 2 a 1 para o Flamengo, na quarta-feira passada, no Engenhão, em jogo adiado da 14ª rodada.
Reabilitação
Sem poder contar com os volantes Leandro Donizete e Pierre, machucados, e o zagueiro Leonardo Silva, expulso, o Atlético tenta a reabilitação sábado, às 18h30, contra o Figueirense, no Independência, onde ainda não perdeu.
Depois de brilhar no turno do Brasileirão e despontar na liderança por 15 rodadas consecutivas, a equipe de Cuca ainda não engrenou nesta etapa e vem perdendo força a cada rodada. No empate suado com a Portuguesa, por 1 a 1, no último sábado, em São Paulo, os alvinegros fizeram uma das piores exibições desta temporada.
Com um futebol apático, sem qualquer criatividade e com erros de passes em abundância, o Galo chegou ao quarto jogo seguido sem somar três pontos. A última vez que isso aconteceu foi no 1 a 0 sobre o São Paulo, em 12 de setembro, pela 24ª rodada, no Independência. Em seguida, perdeu para Náutico e Flamengo e ficou no empate com Grêmio e Portuguesa.
Desempenho
A campanha do Atlético no returno deste Brasileirão nem de longe lembra os antigos desempenhos de Cuca. O mais famoso deles ocorreu em 2009, no comando do Fluminense. Com sete vitórias e quatro empates nos 11 últimos jogos, ele salvou o Tricolor de um rebaixamento dado como certo pelos matemáticos.
Em 2003, somou 44 pontos em 23 rodadas (a segunda melhor campanha, atrás apenas do campeão Cruzeiro) e levou o Goiás da lanterna à nona posição final.
No ano passado, com 57,14% de aproveitamento, Cuca conseguiu livrar o Atlético do segundo rebaixamento de sua história. Um ano antes, havia alcançado feito semelhante no Cruzeiro.