
Apresentado como novo goleiro do Atlético nessa quarta-feira, Rafael tem toda a carreira no futebol construída no Cruzeiro. Por ter saído da Raposa para o maior rival, a transferência do atleta de 30 anos ganhou dimensões ainda maiores.
Mas Rafael não é o primeiro goleiro que vestiu a camisa de Atlético e Cruzeiro. A lista apresenta jogadores emblemáticos no futebol mineiro, como Mussula.
Tem goleiros que barraram ídolos. Hélio deixou Raul Plassmann na reserva do time estrelado na década de 1970, e Paulo César Borges chegou a ganhar posição de Taffarel, em 1997.
Há também goleiros que não deixaram saudades em nenhum dos dois clubes. Confira a lista:

Sinval
Atlético: 1951 a 1957
Cruzeiro: 1944 a 1951
Sinval chegou no Cruzeiro em 1944 e ficou por sete anos na Raposa. Em 1951, a convite de Yustrich, foi para o Atlético. O ex-goleiro era considerado acima do peso, mas tinha grande senso de colocação para se consolidar na carreira.
Sinval chegou no Cruzeiro em 1944 e ficou por sete anos na Raposa. Em 1951, a convite de Yustrich, foi para o Atlético. O ex-goleiro era considerado acima do peso, mas tinha grande senso de colocação para se consolidar na carreira.
Mussula
Atlético: 1958 e 1968 a 1973
Cruzeiro: 1955 a 1957 e 1961 a 1963
Luiz de Matos Luchesi, o Mussula (apelido que fazia alusão ao ditador italiano Mussolini), é uma figura emblemática no futebol mineiro. O ex-goleiro teve duas passagens pelo Cruzeiro (1955 a 1957 e 1961 a 1963). Mas sua maior conquista foi no Atlético – o Campeonato Brasileiro de 1971. O belorizontino jogou no Galo em 1958 e entre 1968 e 1973.
Depois de encerrar a carreira como jogador no Galo, em 1973, Mussula virou treinador. Também fez história como técnico do Atlético, abrindo caminho para o time alvinegro conquistar o hexacampeonato Mineiro (entre 1978 e 1983).
Mussula ainda chegou a trabalhar como supervisor de futebol do Alvinegro;
Fábio
Atlético: 1959 a 1962 e 1968
Cruzeiro: 1963 e 1965 a 1966
Depois de se destacar por clubes de várzea na cidade de Porciúncula, no Rio de Janeiro, Fábio veio para Belo Horizonte fazer faculdade de odontologia. O irmão do ex-jogador era amigo do então presidente do Atlético, Nelson Campos, e, após ser aprovado em testes, a chance apareceu em 1959 após contusão do então titular, Veludo.
Ficou no Galo em sua primeira passagem até 1962, quando se transferiu para o Cruzeiro. Depois de rodar por vários clubes do futebol brasileiro, Fábio encerrou a carreira no Galo em 1968.
Apesar da baixa estatura, o ex-goleiro se destacava pela grande impulsão e regularidade.
Hélio
Atlético: 1966 a 1970
Cruzeiro: 1971 a 1978
Hélio jogou no Atlético entre 1960 e 1970. Em 1969, foi o goleiro atleticano de um clássico que entrou para a história. Depois de fazer 3 a 0, o time alvinegro viu o Cruzeiro reagir e empatar o jogo no Mineirão em 3 a 3.
Hélio jogou no Atlético entre 1960 e 1970. Em 1969, foi o goleiro atleticano de um clássico que entrou para a história. Depois de fazer 3 a 0, o time alvinegro viu o Cruzeiro reagir e empatar o jogo no Mineirão em 3 a 3.
Em 1971, Hélio se transferiu para a Raposa, por onde ficou até 1978. No time celeste, o carioca chegou a deixar Raul Plassmann, um dos maiores ídolos do clube, no banco de reservas. Outro feito do ex-goleiro foi defender um pênalti de Pelé, no Mineirão, em 1971.
Hélio foi o goleiro reserva na conquista cruzeirense da Libertadores de 1976.
Celso
Atlético: 1980 a 1981
Cruzeiro: 1978 a 1979
Celso não teve muitas oportunidades nos dois clubes. Pouco jogou no Cruzeiro em 1978 e 1979. Foi para Atlético no ano seguinte, mas conviveu com a reserva de João Leite por quase dois anos.
Celso não teve muitas oportunidades nos dois clubes. Pouco jogou no Cruzeiro em 1978 e 1979. Foi para Atlético no ano seguinte, mas conviveu com a reserva de João Leite por quase dois anos.
Pereira
Atlético: 1981 a 1987
Cruzeiro: 1988 a 1991
Revelado pelo Galo em 1981, Pereira tem 137 partidas com a camisa alvinegra. O número de atuações só não foi maior porque o ex-goleiro foi praticamente contemporâneo de João Leite.
Revelado pelo Galo em 1981, Pereira tem 137 partidas com a camisa alvinegra. O número de atuações só não foi maior porque o ex-goleiro foi praticamente contemporâneo de João Leite.
Mas, após seguidas falhas do titular, Pereira virou o dono da meta em 1986. Saiu no ano seguinte para o Coritiba e, entre 1988 e 1991, encerrou a carreira no Cruzeiro.
Paulo César Borges
Atlético: 1997
Cruzeiro: 1989 a 1993 e 1998
Multicampeão pelo Cruzeiro no começo dos anos 1990, conquistando dois estaduais, duas Supercopas da Libertadores e uma Copa do Brasil, o goleiro atuou no Atlético entre 1996 e 1997.
Multicampeão pelo Cruzeiro no começo dos anos 1990, conquistando dois estaduais, duas Supercopas da Libertadores e uma Copa do Brasil, o goleiro atuou no Atlético entre 1996 e 1997.
No Galo, Paulo César chegou a deixar o ídolo Taffarel no banco de reservas. A decisão na época foi do treinador Emerson Leão, que disse que o então goleiro do Brasil estava com “espírito de Seleção e não de clube”.
Em 1998, PC voltou ao Cruzeiro para ser reserva de Dida e conquistar o Estadual daquele ano.
Juninho
Atlético: 2007 a 2009
Cruzeiro: 2006
Juninho chegou ao Cruzeiro em 2006 para ser mais uma sombra de Fábio, mas não teve oportunidades na Raposa.
Juninho chegou ao Cruzeiro em 2006 para ser mais uma sombra de Fábio, mas não teve oportunidades na Raposa.
Entre 2007 e 2009, foi titular em mais de 70 jogos pelo Atlético, mas ficou marcado por ser o goleiro do Galo nas finais dos estaduais de 2008 e 2009, quando o time alvinegro foi goleado pela Raposa por 5 a 0 nas duas decisões.
Lauro
Atlético: 2016
Cruzeiro: 2006 a 2008
Lauro foi apresentado na Toca da Raposa em 2006, junto com Juninho. Mas o goleiro não teve muitas oportunidades na Toca. A maior sequência foi de quatro jogos, no Campeonato Brasileiro de 2007, quando Fábio se lesionou.
Lauro foi apresentado na Toca da Raposa em 2006, junto com Juninho. Mas o goleiro não teve muitas oportunidades na Toca. A maior sequência foi de quatro jogos, no Campeonato Brasileiro de 2007, quando Fábio se lesionou.
Em 2016, após lesões de Victor e Giovanni, o goleiro foi contratado pelo Atlético, mas não entrou em campo em nenhuma oportunidade.
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