(Henrique André)
"Poderíamos ter ajudado mais dentro de campo. Temos uma parcela enorme pela queda do Rodrigo. Senti bastante, pela pessoa e caráter que ele tem". Foi desta maneira que o zagueiro e capitão Réver resumiu a demissão do treinador que assumiu a bronca, em abril, após a queda de Levir Culpi no Atlético.
Sabatinado nesta segunda-feira (14), na Cidade do Galo, o principal líder do elenco alvinegro também foi questionado sobre a escolha de Vagner Mancini, técnico que assume até dezembro e chega com a missão de dar paz ao clube, pelo menos até o fim da temporada. Eles, inclusive, trabalharam juntos na conquista do Paulista de Jundiaí, na Copa do Brasil de 2005.
"Fico feliz por poder reencontrar uma pessoa que acabou me projetando para o cenário do futebol, quando fiz uma transição da base para o profissional; conquistamos títulos. Temos esta oportunidade de reencontrar um treinador capacitado como ele. Por outro lado, triste pelo o que aconteceu. Perdemos um grande profissional. Infelizmente, futebol acaba sendo desta maneira", comenta o capitão.Henrique André
Para o zagueiro, o lado emocional tem sido um vilão para o Atlético
"Todo mundo tem uma parcela de culpa (na demissão de Santana). Ontem, após o jogo, até acabei citando isso. Cada um tem que assumir sua responsabilidade. O Rodrigo nos ajudou muito. Pegou um time num momento muito difícil e deu um cara e organização. Teve grandes resultados, mas futebol não é só momento de alegrias. Conseguimos vencer o Flamengo com um cara a menos; naquele momento, o Rodrigo era sensação. Hoje não é mais e os jogadores não prestam mais", acrescenta.
Perguntado sobre o grande problema do atual plantel, Réver destaca a questão psicológica. Para ele, o lado emocional tem ajudado demais os adversários e, por outro lado, sendo um vilão para o Atlético.
"Você pegou num ponto crucial. Precisamos ser um pouco mais forte psicologicamente. As equipes vem nos vencendo assim e isso vem fazendo diferença para nós. Precisamos nos reiventar. Temos uma equipe muito forte. Estamos oscilando", analisa o zagueiro.
"A diretoria buscou um nome. Isso não cabe aos jogadores. Ele é um cara muito capacitado. Brigou seis vezes pra librar times do rebaixamento. Com essa mudança, o time pode voltar a vencer. É um cara com uma experiencia muito grande e com uma rodagem muito grande", finaliza.