(CARLOS ROBERTO)
Três dias após ser anunciado pelo presidente do Atlético, Alexandre Kalil, o goleiro Victor foi apresentado oficialmente nesta quarta-feira (4). Após treinar com o time na Cidade do Galo, o jogador vestiu pela primeira vez a camisa do alvinegro e prometeu ser a solução para a posição, que desde a saída de Diego Alves, em 2007, não tem um dono que passe confiança para os torcedores.
Antes da apresentação porém, o goleiro fez seu primeiro treino. Victor participou de uma atividade separadamente com os goleiros Lee e Paulo Victor, comandada por Chiquinho, com quem trabalhou no Grêmio. Em campo, os demais jogadores treinaram em campo reduzido. Em seguida, o técnico Cuca dividiu os atletas em três times, com Victor participando normalmente da atividade.
O goleiro começou sua carreira no Paulista de Jundiaí (SP), onde foi campeão da Copa do Brasil em 2005. Apesar do título, Victor teve como ponto alto de sua carreira os quase quatro anos em que vestiu a camisa do Grêmio, entre 2008 e este ano. No time foi eleito por duas vezes o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro, em 2008 e 2009, e ainda ganhou o prêmio Bola de Prata (2009), da revista Placar, que elege os melhores jogadores do ano.
Não apenas isso, também atuando pelo tricolor gaúcho, Victor chegou à seleção brasileira, convocado por Dunga, onde foi reserva de Júlio César na conquista da Copa das Confederações em 2009. Mas acabou ficando de fora da Copa do Mundo disputada na África do Sul.
Com a troca no comando da seleção, Victor continuou sendo lembrado, tanto que o atual treinador Mano Menezes seguiu chamando-o até o ano passado, quando o arqueiro entrou em má fase com a camisa tricolor e perdeu espaço entre os convocáveis.
Já trajando o manto alvinegro, o jogador revelou que espera voltar a seleção e de quebra levar o Atlético ao título do Brasileirão. "Seleção nada mais é que uma sequência do trabalho do dia a dia, mas ela nunca pode estar à frente do seu objetivo no clube. Espero ter essa regularidade para voltar à seleção e ajudar o Atlético a conquistar o título do Brasileiro".
Sobre a pressão da torcida, carente de um goleiro que transmitisse confiança, ele afirmou que faz parte. "O Atlético é um clube grande, que tem um histórico vencedor. Então a gente sabe que a pressão faz parte e temos que saber lidar com isso. Vou procurar sempre corresponder a essa expectativa e dar alegria para o torcedor".