Treinos, viagens, competições, descanso. A rotina de um atleta olímpico é tão maçante, que difícilmente há espaço e tempo para se dedicar a um hobby que vá além do esporte de alto rendimento.
Aos 34 anos, Daniel Xavier é praticante do tiro com o arco, e representou o Brasil nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos. Na Rio-2016, Daniel conquistou a 53ª posição no individual e a 11ª colocação na disputa por equipes.
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Entre um campeonato e outro, Xavier abre espaço para curtir outra paixão: o América.
Na partida contra o Cruzeiro, na última quinta-feira (8), o atleta foi homenageado pela diretoria do clube, e recebeu o carinho da torcida no intervalo do jogo.

"Eu sou americano há muito tempo, desde garoto. Eu comecei a conhecer o América pelo meu avó materno, que tinha uma paixão pelo clube. Essa paixão se transferiu para alguns netos dele, e eu sou um deles. Ele faleceu em 1993, já tem muito tempo, e o que me faz lembrar muito dele é justamente o América", revelou Daniel. Segundo Daniel, a ligação com o América vêm de família e ocupa parte importante na sua trajetória.
O arqueiro comentou as dificuldades em acompanhar o América de perto, e aproveitou para listar alguns momentos da história do clube que o marcaram.
"É muito difícil (acompanhar o time), porque a gente tem muitas competições internacionais, treinamentos. As competições do tiro com o arco normalmente são nos finais de semana. Então é muito difícil conciliar, mas sempre que eu posso, como no acesso do América, em 1997, na Copa Sul Minas, em 2000, sempre que eu posso, eu tento acompanhar o máximo possível, e sempre apoiando o time da melhor maneira que eu posso."
Momento ruim não abala relação
Na lanterna do Campeonato Brasileiro, com apenas 14 pontos em 24 jogos, o América vive situação muito delicada na competição,
O Coelho está a 13 pontos da primeira equipe fora da zona de rebaixamento - o Internacional.
Apesar da fase ruim, e do provável rebaixamento, Daniel procurou olhar a situaçao por outro lado, fazendo questão de reforçar a paixão pelo clube.
"Futebol é isso (alegria). Temos uma paixão pelo time, a gente vê campeonatos lá fora, na Inglaterra, Série C, com estádios lotados, mesmo times que tem poucas vitórias durante o ano. E aqui no Brasil a gente tem isso também. Os torcedores do América são fanáticos pelo time, estão sempre apoiando, e pra gente é o mais legal de estar em uma partida de futebol. É um amor enorme torcer para o América, uma satisfação muito grande",
* Sob supervisão de Alexandre Simões