Atleticano e fã de Éder Aleixo, torcedor mineiro tem verdadeiro 'Templo Maradonista' dentro de casa

Henrique André
@ohenriqueandre
26/11/2020 às 14:08.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:09
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Atleticano, fã de Éder Aleixo e Maradonista eterno. Assim se define o mineiro Bernardo Dabés, de 47 anos, profissional da área de eventos. Nesta quarta-feira (25), enquanto dirigia, ele percebeu que o Whatsapp não parava de receber notificações. O motivo? A morte do ídolo Diego Armando após parada cardiorrespiratória.

Ainda em choque com a notícia e sentindo na pele o luto pela perda daquele que o fez trocar o amor pela Seleção Brasileira por um sentimento muito maior pela Argentina, a partir da Copa do Mundo de 1986, Bernardo conta ao Hoje em Dia que a sensação é de ter perdido um membro da família.

"Lembro claramente da última vez que chorei assistindo um jogo do Brasil. Foi em 82, naquela derrota para a Itália. Eu tinha 12 anos naquela época. Em 86, eu continuava vendo alguns jogos, mas ali me chamava a atenção o que fazia o Maradona; ele mudou minha concepção sobre o futebol e foi muito marcante na minha vida. Eu morava em Curvelo e já tinha feito uma pulseira de linha com as cores da Argentina; foi a primeira ligação forte que ele me causou. A partir dali, virei um torcedor. As pessoas achavam que era de brincadeira, mas não era. Na Copa de 94, por exemplo,, tem foto minha no alto da Afonso Pena com a camisa da Argentina", conta Dabés.

"Em 2012 eu fui pra lá (Argentina)  rodar os lugares marcantes do Maradona. Tenho uns três ou quatro DVDs, não sei quantos quadros, mais de 50 camisas, e outras coisas. Para mim, no futebol, por mais que tenha meus ídolos, como o Éder, foi o Maradona quem norteou minha vida", acrescenta. 

Pela ligação do Pibe de Oro com o Boca Juniors, Dabés também tem um lugar reservado no coração para os Xeneizes. Apaixonado pelo Galo, ele aprendeu a dividir esse amor; os amigos, inclusive, sabem bem a dimensão deste sentimento e já não duvidam que seja possível.

Membro da "Igreja Maradonista", o mineiro se junta aos milhões de argentinos que seguem em luto pela perda do craque e, com certeza, não verá o futebol da mesma forma a partir de hoje. A casa, que antes era um verdadeiro templo, agora pode ser vista como um dos maiores (se não for o maior) museus em terras tupiniquins em homenagem ao baixinho, camisa 10, que encantou o mundo com seu talento e genialidade.

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