Quem imaginava que o duelo do Atlético contra o Zamora seria tranquilo, já que os venezuelanos ainda não haviam pontuado no Grupo E da Copa Libertadores, se surpreendeu. A vitória dos brasileiros, por 3 a 2, foi um verdadeiro teste para cardíaco e serviu para se lembrar das incríveis viradas na edição de 2013 e, no ano seguintes, os inesquecíveis duelos pela Copa do Brasil, contra Flamengo e Corinthians. O Mineirão, que poderia ser palco de um enorme desastre, se firmou como "Salão das Viradas" do Galo.
Após fazer um primeiro pífio, sem criatividade e perigo ao adversário venezuelano, que abriram dois gols de frente nos 45 minutos iniciais, os comandados do técnico Levir Culpi voltaram do intervalo motivados a virar o placar. E deu certo; para quem viu o jogo de perto, quase um milagre. Para quem não viu, pode-se dizer que a mudança foi da água para o vinho.
Com gols de Maicon Bolt, Vinícius - este que acabara de entrar em campo - e Fábio Santos, de pênalti, a angústia se transformou em euforia e festa nas cadeiras do Gigante da Pampulha. Cabe registrar que, mesmo atrás do placar, os torcedores não deixaram de apoior os atletas.
Com a vitória, sofrida, na raça e até mesmo inesperada pelo o que havia feito na primeira etapa, o Atlético fez os primeiros pontos e respirou no torneio mais importante do continente. Com o triunfo, os brasileiros entregaram a lanterna nas mãos dos venezuelanos e, a seis pontos do líder Cerro Porteño, e a três do vice-líder Nacional, podem seguir sonhando com o ingresso às oitavas de final.
O Zamora-VEN nunca passou da fase de grupos da Libertadores em suas cinco participações. Sequer marcou pontos fora de casa. Foi diante desta equipe que o Atlético-MG sofreu para vencer por 3 a 2, gols de Maicon Bolt, Vinicius e Fábio Santos, de pênalti, na noite desta quarta-feira, 3 de abril, no Mineirão. Gallardo e Paiva marcaram para os venezuelanos.
O alvinegro saiu do primeiro tempo perdendo por 2 a 0, com uma equipe totalmente desorganizada, com nenhum setor do time funcionando. Destaque negativo para as laterais. Guga e Fábio Santos não seguram em nenhum momento da primeira etapa os atacantes do Zamora. O lance do segundo gol do Zamora, Fábio pediu um impedimento que não existiu e ficou parado no lance que gerou o tento de Paiva.
A zaga também não estava bem, com Igor Rabello e Réver permitindo que Gallardo, de apenas 1,65m, fizesse o primeiro gol venezuelano. Sair de campo vaiado pela torcida parece ter mexido com a equipe, que voltou para o segundo tempo mais ligada, porém, ainda sem boa articulação e conseguiu os gols, na base do abafa, na raça e não por ser superior ao Zamora, que poderia ter matado o jogo se não tivesse perdido um gol feito no início do segundo tempo.
Valeu pelos três pontos, mas o jogo contra o pior time da chave mostra que o Atlético-MG ainda está longe de ser consistente como equipe para pensar em voos mais altos na Libertadores. Depender apenas do esforço de Luan, que mais uma vez correu o jogo inteiro e foi um poucos a ser salvar na equipe, é pouco para quem busca se classificar.
A equipe mineira marcou os seus primeiros pontos e ainda respira para obter uma das vagas às oitavas de final da competição sul-americana. O Atlético-MG volta a jogar pela Libertadores na próxima quarta-feira, 10 de abril contra o Cerro Porteño, no Paraguai, às 19h15. No primeiro duelo entre as duas equipes, deu Cerro, que venceu por 1 a 0, no Mineirão.
Renda: R$ 1.053.290,00