(Bruno Cantini/Vinnicius Silva/Divulgação)
A parada para a Copa do Mundo da Rússia significou também uma “pausa” nos rendimentos de Atlético e Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. Com apenas três vitórias nas dez rodadas disputadas desde a retomada da competição nacional, os gigantes mineiros esperam iniciar hoje à noite um novo ciclo nesta edição da Série A.
A Raposa visita o ameaçado Botafogo às 19h30, no Estádio Nilton Santos. Um pouco mais tarde, às 21h45, o Galo recebe o líder São Paulo no Independência, também pela 23ª rodada, a quarta do segundo turno. Os três pontos podem colocar os rivais novamente na briga direta pelo G-4 e pelo G-6, respectivamente.
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Hora de acreditar
O momento é mais preocupante para o Atlético. O time do técnico Thiago Larghi registrava um aproveitamento de 64% até a interrupção do campeonato e assistiu ao Mundial na confortável posição de vice-líder do Brasileirão. Após uma sequência de trabalho quebrada por vendas, dispensas e contratações durante a janela, o alvinegro conquistou 40% dos pontos possíveis a partir da 13ª rodada.
A queda de rendimento afastou o Galo do topo da tabela. Agora, o time já aparece cinco pontos distante do Grêmio, que abre o grupo dos classificados diretamente para a fase de grupos da Copa Libertadores.
Depois de sofrer duros golpes em casa no confronto direto com o Internacional (1 a 0) e diante de um Vasco fragilizado em meio a uma troca de comando (0 a 0), o desafio é vencer o melhor time da competição.
“Sinto que o torcedor está meio inseguro. O jogo que estamos apresentando até agora não é dos melhores, mas não é o pior. Não é esse o ambiente que quero enfrentar aqui [...] Quando vem de fora para dentro, nos contagia. Todo mundo que vinha aqui perdia, por causa do grito da torcida”, convocou o atacante Ricardo Oliveira.
Seguir ‘no bolo’
Com o foco dividido entre as Copas Libertadores e do Brasil, o Cruzeiro já apresentava um rendimento mediano antes da Copa, tendo somado apenas 50% dos pontos disputados até a 12ª rodada, quando ocupava a oitava posição.
Após a retomada, o aproveitamento caiu para 43%, e a equipe do técnico Mano Menezes chegou a amargar seis tropeços consecutivos no período (três derrotas e três empates).
O pior momento desta sequência ruim se deu na derrota por 2 a 0 para o São Paulo no Gigante da Pampulha, seguida de um empate em 1 a 1 com o Bahia, também diante da torcida.
Curiosamente, a Raposa não caiu na classificação. Pelo contrário, ainda subiu uma posição, contando com a queda livre do então concorrente Sport. Neste momento, porém, as distâncias são de consideráveis quatro pontos em relação ao rival e nove ao G-4.
“Precisamos pontuar e subir um pouco na tabela, até para ter mais tranquilidade na hora de jogar as outras competições. Temos que continuar encostados nesse bolo do G-6, porque não sabemos o que vai acontecer na Libertadores e na Copa do Brasil”, declarou o meia Thiago Neves.