Cuca foi hostilizado pela torcida após a derrota para o Botafogo (Pedro Souza/Atlético)
Na derrota do Atlético para o Botafogo, no Mineirão, o técnico Cuca deixou o campo sob muitos xingamentos da torcida alvinegra e sofreu com arremessos de objetos quando ainda estava no gramado em direção aos vestiários. Dentre as ofensas, um cântico insinuando o treinador de mercenário chamou atenção e ele lamentou a situação.
“Tá doendo o meu coração. Tenho 243 jogos pelo Galo e é a primeira vez que sou hostilizado. Podem me chamar de burro, do que for, mas de mercenário não. Não voltei ao Atlético por causa de dinheiro”, afirmou Cuca ao afirmar que poderia ter aceitado trabalho em outros clubes e ter “traído” o clube que ele deixou inesperadamente no fim de 2021.
Cuca ainda afirmou que só voltou ao Atlético pois sentiu que precisavam dele, que não pensou em contrato e nem em salário: “Quando te chamam de mercenário dói o coração. Mas sinto que não é opinião do torcedor, é o momento do time e a derrota”, lamentou.
O treinador deixou o Galo de forma inesperada por uma segunda vez após ter sido campeão. Em 2013, após vencer a Libertadores e antes da disputa do Mundial, avisou que estava de saída para o futebol chinês. Em 2021, depois de conquistar o Brasileiro e a Copa do Brasil, novamente pegou o torcedor e os dirigentes de surpresa ao avisar da saída por conta de problemas familiares. Cuca tem esse histórico por quase todos os clubes que passou, de não ficar por mais de uma temporada.
Em 2022, retornou ao Galo no meio da temporada como “salvador da pátria”, mas passou longe disso ao ser eliminado da Libertadores e ter apenas 39% de aproveitamento no Brasileirão, com cinco vitórias, cinco empates e sete derrotas em 17 jogos na competição.
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