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Atlético apresenta detalhes da Arena MRV sobre operação, custos e segurança

Estádio tem margem líquida de 70% e prepara implantação de biometria facial para controle de acesso

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 23/05/2025 às 17:03.Atualizado em 23/05/2025 às 17:04.
Arena MRV vista de cima (Foto: Pedro Souza / Atlético)
Arena MRV vista de cima (Foto: Pedro Souza / Atlético)

O Atlético divulgou nesta sexta-feira (23) informações sobre a operação da Arena MRV, seu estádio próprio, com dados financeiros, de segurança e funcionamento nos dias de jogos. A apresentação foi conduzida pelo superintendente de operações, Leonardo Barbosa, e pelo diretor de tecnologia e inovação, Leandro Evangelista.

De acordo com os dados apresentados, a construção da Arena MRV teve custo de R$ 742 milhões, além de R$ 108 milhões destinados à tecnologia e licenciamento e outros R$ 185 milhões em contrapartidas ao poder público. A métrica de custo por assento ficou em R$ 16,4 mil, o segundo menor entre estádios recentes no país.

Entre a inauguração e o final da temporada de 2024, a Arena MRV recebeu 42 partidas, com receita bruta de R$ 108 milhões, média de R$ 2,6 milhões por jogo. A margem líquida foi de 70%, superior à obtida pelo clube no Mineirão (41%) e no Independência (35%). Segundo Evangelista, “todos os contratos foram refeitos e melhorados, aumentando a eficiência do serviço prestado e diminuindo os preços das contratações”.

O estádio registrou público médio de 34.781 pessoas, com taxa de ocupação de 77%. Nos jogos da Libertadores, a ocupação chegou a 84%, e na fase mata-mata da Copa do Brasil, a 90%. “Ainda iremos melhorar esses números e ter uma taxa de ocupação maior”, afirmou Barbosa.

A operação do estádio considera 24 etapas na chamada Jornada do Fã, que envolve desde a compra do ingresso até a saída do torcedor. Evangelista destacou que “não há como se falar da operação sem falar da tecnologia”, e mencionou que o clube estudou modelos de arenas como as do Barcelona, PSG, Juventus, Tottenham, além de franquias da NBA e NFL.

A precificação dos ingressos é feita por meio de inteligência artificial, que analisa fatores internos e externos para projetar o público e a receita de cada partida. “Começamos a trabalhar para acabar a subjetividade e ter dados concretos que ajudam na nossa definição de precificação do ingresso”, disse Evangelista. Barbosa complementou com exemplo: “Vai chover? Vai fazer frio? Como está a situação do Atlético no campeonato? Tudo isso é levado em consideração pela plataforma”.

Após ocorrências na final da Copa do Brasil, o protocolo de segurança foi reformulado, com novos sistemas de catracas, câmeras de alta resolução e aumento das punições previstas no regulamento do estádio. Barbosa informou que dois batalhões da Polícia Militar atuam na Arena: o Batalhão do Choque, no interior, e o Bepe, no entorno.

A partir do jogo contra o Internacional, no dia 12 de junho, a expectativa é de que o acesso ao estádio seja feito exclusivamente por reconhecimento facial. O sistema permite que cada CPF esteja vinculado a apenas um ingresso, com linhas de controle na Esplanada para ativação da biometria.

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